Mercosul

A integração na América Latina no âmbito histórico tem-se demonstrado muito atraente no plano político, mas com as dificuldades quase sempre não se converteram em uma realidade prática, várias tentativas foram realizadas.

O que se pode observar nos últimos anos foram profundas transformações que ocorreram e que estão ocorrendo pelo mundo, com isso há um avanço em todos os mecanismos de integração já conhecidos.

Com isso, em 1947, surge o tratado iteramericano de ajuda recíproca (TIAR); em 1960, a Associação Latino-Americana de Livre Comércio – ALALCA; em 1961, a Assistência Recíproca Petroleira Estatal Latino-Americana; e, 1968, a Associação Latino-America de Instituições Financeiras para o Desenvolvimento; em 1969, o Grupo Andino; em 1975, o Sistema Econômico Latino-Americano – SELA; em 1980, a Associação Latino-America de Integração – ALADI; e a partir de 1991 o Mercosul.

Durante décadas, boa parte do crescimento da maioria dos países da América Latina teve uma influência do modelo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, e tinha como base a substituição das importações, com a ajuda de um Estado Centralizador e indutor do processo de industrialização e de produção.

Mas no início da década de 80, em meio aos problemas da dívida externa e do impacto crescente da globalização dos mercados, além da importância de novas tecnologias, este modelo desmoronou-se.

Com o processo de redemocratização de vários países do continente, fez com que antigas rivalidades não existissem mais ou quase todas, levando várias nações como a Argentina e o Brasil a defender literalmente a integração da América do Sul, levando-se em conta a proximidade geográfica e as afinidades culturais.

A década de 90 iniciou-se com uma clara tendência para a segmentação da economia mundial em blocos regionais, tirando as tradicionais negociações multilaterais entre os países, pelo agrupamento de países menos industrializados ao redor de um ou mais países industrializados (centrais).

É importante citar que na América Latina, esta integração intra-regional e acelerou-se e foi acompanhada por uma abertura e liberalização comercial diante das demais regiões do mundo.

Este processo teve um grande apoio do governo Norte-Americano, que formulou “Iniciativa para as Américas”, assim sendo, as relações econômicas entre os Estados Unidos e a América Latina forma feitas em três áreas: Investimentos, Comércio e Reestruturação e Redução das dívidas externas. Algumas dessas transformações ocorreram num momento em que os países reavaliavam suas relações internacionais, mediante planos de integração regionais e sub-regionais.

Outro fato importante desta década é que a América Latina recebeu grande parte dos investimentos estrangeiros realizados em países em desenvolvimento: 80% em 1990 que totalizaram em 1991, trinta e seis bilhões de dólares.

Depositando uma confiabilidade no sistema financeiro internacional na região.

Os blocos regionais de comércio tornaram-se verdadeira moda - ou, talvez, uma epidemia econômica nestes tempos de reestruturação econômica. Assim, temos a Comunidade Econômica Européia, que gravita em torno de três países-chaves: Alemanha, França e Reino Unido; a América do Norte, em torno dos Estados Unidos da América, e o Extremo Oriente, em torno do Japão.

Um dos objetivos principais da consolidação desses blocos é substituir a concorrência entre nações pela concorrência entre regiões, mas há toda uma estratégia de defesa para a formação de outros blocos de mercado, garantindo a sobrevivência dos que já existem.

Em virtude disso nas Américas, também há tentativas de obter a formação de alguns blocos regionais como o acordo entre os Estados Unidos, México e Canadá – o NAFTA; O tratado de Assunção que define o Mercosul, o acordo “quatro mais um” entre os países integrantes ao Mercosul e os Estados Unidos, além de no futuro alguns países do Pacto Andino também integrarem o Mercosul no futuro.

O Mercosul - Mercado Comum do Cone Sul - é mais uma tentativa integracio-nista que se faz na América Latina, envolvendo o Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai, possibilitando, em caso positivo, aumento do mercado consumidor, além de maiores chances de participação na economia mundial.

Devido a sua proximidade cultural e de formação do Estado e da nacionalidade, o Mercosul, caso se superem as dificuldades econômicas, políticas e jurídicas pecu-liares a países em desenvolvimento, que buscam sua adaptação aos tempos modernos, poderá vir a ser um projeto comunitário dotado de grande vitalidade social e cultural.


Publicado por: Brasil Escola

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