O computador na sala de aula: uma pesquisa em 03 escolas brasileiras de ensino Fundamental e médio na província de Saitama-Ken Japão

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1. RESUMO

As mudanças provocadas com o advento da tecnologia trazem a tona  questionamentos em relação à postura de qualquer profissional e, sobretudo, do profissional da educação diante do seu compromisso frente a seus aprendizes e da sociedade a qual ele pertence, onde não basta conhecer, mas necessita-se diversificar a forma de trabalho e as propostas pedagógicas, que hoje têm ligação direta com o processo tecnológico emergente. Neste sentido, a pretensão deste trabalho é a de investigar e buscar caminhos que transformem a maneira de se apresentar os conteúdos, ligando-os com o computador, buscando diversidade e inovações na sala de aula, promovidas com o uso da tecnologia. Esta iniciativa parte da constatação de que a realidade de grande parte das escolas hoje consiste na sub-utilização dos laboratórios de informática no desempenho das atividades docentes, com elevada taxa de ociosidade dos computadores.

 

O trabalho conjunto de desenvolvimento de atividades baseadas principalmente em softwares, somado ao contínuo acompanhamento e observação das atividades em sala de aula possibilitaram não apenas verificar a efetividade de propostas baseadas na capacidade intrínseca de manipulação de dados e informações e sua representação gráfica e apresentação, oferecidas pelo computador, mas principalmente pela oferta, ao aluno, de um novo ambiente de aprendizado, marcado principalmente pela interatividade e pela atratividade, e que, ao mesmo tempo, atua no sentido de preparar o futuro cidadão a gerenciar uma tecnologia que encontra-se no cerne de toda a atividade promovida pelas sociedades contemporâneas. Entre as constatações amplamente vantajosas de uma prática metodológica e mesmo pedagógica calcada nos laboratórios de informática, uma importante percepção que se extraiu foi a da grande necessidade de estabelecimento prévio de objetivos e de estratégias de realização destes objetivos, sob risco de desperdício e de ineficácia de todo um processo de preparação e pesquisa realizado pelo professor.

Palavras chave: Computador, Tecnologia, Conhecimento.

ABSTRACT

The changes provoked with the coming of the technology bring the surface questions in relation to the posture of any professional and, above all, of the professional of the education before it iscommitment front their learnigns and of the society which he belongs, where it is not enough to know, but it is needed to diversify the work form and the pedagogic proposals, that today have direct connection with the emerging technological process. In this sense, the pretension of this work is the one of to investigate and to look for roads to transform the way to present the contents, tying them with the computer, looking for diversity and innovations in the classroom, promoted with the use of the technology. This initiative breaks of the verification that the reality of great part of the schools today consists of the sub-use of the computer science laboratories in the acting of the educational activities, with high tax of idleness of the computers. 

The united work of development of activities based mainly on softwares, added to the continuous attendance and observation of the activities in classroom just made possible not to verify the effectiveness of proposals based in the intrinsic capacity of manipulation of data and information and his/her graphic representation and presentation, offered by the computer, but mainly for the offer, to the student, of a new learning atmosphere, marked mainly by the interatividade and for the attractiveness, and that, at the same time, it acts in the sense of preparing the future citizen to manage a technology that is in the duramen of all the activity promoted by the contemporary societies. Among the verifications thoroughly advantageous of a methodological and same practice pedagogic stepped on at the computer science laboratories, an important perception that she extracted was the one of the great need of previous establishment of objectives and of strategies of accomplishment of these objectives, under waste risk and of inefficacy of whole a preparation process and research accomplished by the teacher. 

Keywords: Computers, Technology, Knowledge.

2. INTRODUCAO                                                                                              

O presente trabalho constitui uma dissertação tendo em vista a obtenção do grau de Mestre em Educação, na Especialização de didática no Ensino.

Tendo presente que o mestrado comprova nível aprofundado de conhecimentos numa área científica específica e capacidade para a prática de investigação, procuramos  tomar parte nas atividades de investigação no âmbito de uma nova disciplina científica, que se tem centrado nas problemáticas emergentes da introdução das Novas Tecnologias da Informação na Educação.

As novas tecnologias informacionais de comunicação, notadamente os computadores e softwares têm transformado de forma radical a vida de nossa sociedade nos últimos anos. No que tange à educação, a discussão sobre o papel das novas tecnologias educacionais no processo de ensino-aprendizagem é de extremo interesse para se discutir os rumos que a educação vai tomar com sua inserção. Nossa pesquisa visa principalmente analisar que tipo de modificação está acontecendo no processo de trabalho docente com a implantação de novas tecnologias educacionais, bem como novas posturas do profissional perante tais inovações. É de nosso interesse averiguarmos até que ponto as novas  tecnologias tem contribuído para o ensino aprendizagem, e também fazermos um estudo minucioso em 03  escolas brasileiras situadas na  região de Saitama-ken  Japão, com  a finalidade  de contribuímos com os gestores, coordenadores, professores,  alunos e com  a comunidade educacional brasileira instaladas no Japão; quanto a  importância do uso das  novas tecnologias no processo da produção do conhecimento.

Queremos ressaltar que no Japão há 54 escolas brasileiras em pleno funcionamento e autorizadas pelo MEC, com todos os cursos validos no Brasil; segundo se pode observar no anexo nº 06; e deste universo tomamos como amostra apenas 03 escolas isso devido as  grandes  dificuldades, que teríamos para a  locomoção, pois essas  escolas encontram-se espalhadas  por todo o arquipélago japonês, e nossa pesquisa é de caráter particular, e os  encargos financeiros são de nossa inteira responsabilidade; todavia queremos deixar claro que na  realidade gostaríamos de poder visitar um numero maior dessas unidades escolares, para  termos uma idéia melhor do problema proposto em nossa pesquisa, todavia queremos deixar claro que  como pesquisadores fizemos uma  cuidadosa investigação do fenômeno nas três escolas por nós pesquisadas.

Para a obtenção dos dados necessários, na elaboração desta pesquisa cientifica, visitamos estas escolas privadas e entrevistamos; os gestores, coordenadores, professores e alunos; visando averiguarmos que tipo de transformação está acontecendo no trabalho docente com todo o discurso que envolve a utilização de novas tecnologias na sala de aula. Isso é sem duvida fundamental para uma análise das possíveis implicações na categoria docente decorrente das novas tecnologias.

Vivemos em um mundo globalizado, onde as mudanças ocorrem a cada minuto e percebemos como professor que o setor educacional em sua maioria continua a usar métodos ultrapassados.

2.1. Problema

O uso dos computadores na educação não pode mais ser questionado, porém não se deve adotá-lo como uma solução utópica para os problemas educacionais. Se a realidade atual mostra grandes transformações em todas as áreas da vida humana, os movimentos e as práticas educacionais não estão, e nem poderiam estar, alheios a esses fatos. "A educação faz parte desse tecido social e sua participação no contexto da sociedade é de grande relevância, não só pela formação dos cidadãos que atuam nesta sociedade, mas e principalmente, pelo potencial criativo que ao homem está destinado no seu próprio processo de desenvolvimento." GRINSPUN (1999). [1]

Trabalhar com a educação é uma experiência que proporciona um aprendizado da transformação de informações em conhecimento, e este conhecimento em sabedoria. É isto que dá ao ser humano o poder de saber optar refletindo e até gerenciando autonomamente suas opções; para isso a inteligência possibilita condições de transferir os conhecimentos de uma área para outra, fazendo assim, a inter-relação dos conhecimentos já estruturados.

Reforça-se a constatação de que a escola não pode excluir-se dessa realidade. Os alunos precisam sentir que seus professores são atuais e atuantes. As metodologias aplicadas pelos educadores devem corresponder às realidades vividas pelos alunos no seu dia-a-dia e, mais do que nunca, essas tecnologias disponíveis devem ter sua função educativa, participando da construção do conhecimento, principalmente em se tratando de alunos de escolas públicas. Dentro desta perspectiva há questões sobre como preparar o professor para atuar nessa nova realidade.

Em nível local, questiona-se: os professores das escolas em questão na  região de Saitama-Ken Japão utilizam os recursos computacionais aplicados ao ensino? Os laboratórios de informática são utilizados de maneira adequada, isto para uso pedagógico e com objetivos pré-estabelecidos pelos professores?

Estas questões não são facilmente respondidas no plano teórico e nem na prática escolar.

2.2. Hipóteses

Algumas hipóteses podem ser consideradas, entre elas:

-A participação de professores em um grupo de estudos em informática aplicada ao ensino poderá viabilizar a utilização de alguns ambientes  computacionais em conexão com os conteúdos que estão sendo trabalhados em sala de aula.

- Essa capacitação em grupo de estudos e o assessoramento nas atividades

 

iniciais com alunos nas escolas viabilizará e tornará mais freqüente a utilização dos laboratórios de informática na escolas da rede pública.

-O uso de  softweres educacionais, possibilitam o desenvolvimento de atividades de maneira construtiva e permitem que o aluno interaja com o conteúdo ministrado. O aluno deixa de ser assistente (passivo) para assumir o papel de construtor do seu conhecimento.

O computador aguça a curiosidade dos alunos? É incontestável o fascínio que o computador provoca nos alunos, independente de suas idades segundo Nogueira (2002).[2]

 

As aulas no laboratório de informática são as mais esperadas pelos alunos. Percebe-se como é grande a expectativa para se sentarem em frente de umcomputador. As atividades são realizadas com mais entusiasmo e satisfação. É notável como os alunos se sentem importantes e aos poucos se tornam autônomos no uso da máquina, mesmo que os que não sabem utilizar o computador. São poucos os que não se aventuram a descobrir como funciona, vão clicando e abrindo janelas aleatoriamente, descobrindo uma infinidade de coisas.

O que os alunos dizem a respeito do uso do computador e sobre a pesquisa na Internet “Gosto de escrever e desenhar no computador porque desenvolve a leitura a inteligência a pintura e outras coisas” (Grupo - As curiosas).

 

“Usar o computador e pesquisar na Internet contribui para soltar a minha mente” (grupo - Descobrindo a cada dia).

“O computador desenvolve minhas habilidades e inteligência. É tudo que eu preciso”. (Grupo – OS Interplanetários).

“Quando estou usando o computador eu me sinto uma ótima pessoa como se eu soubesse tudo sobre computador” (Grupo – O Começo)).

“Pesquisando na Internet eu posso ir aonde quiser posso fazer trabalhos ver notícias e pesquisar várias coisas, com o computador melhora a minha aprendizagem” (Grupo - As Curiosas)

O uso do computador requer certas ações que são bastante efetivas no processo de construção do conhecimento. Quando o aprendiz está interagindo com o computador ele está manipulando conceitos e isso contribui para o seu desenvolvimento mental conforme Valente (1998). [3]

 

2.3. Objetivos

2.3.1. Objetivo Geral

Identificar e descrever os fatores motivações do corpo docente e discentes e gestores quanto ao uso de novas tecnologias ( computadores e outros). No processo de construção do conhecimento.

2.3.2. Objetivos Específicos

- Discutir as possibilidades das Tecnologias de Informação e Comunicação como estratégia inovadora e suas contribuições para as soluções de problemas que afetam a Educação, buscando soluções que contribuam para o pleno desenvolvimento da educação das escolas brasileiras na região de Saitama-Ken Japão;

- Explorar práticas pedagógicas em diversas disciplinas  com o auxílio de ambientes computacionais;

- Discutir como gestores, coordenadores, professores e alunos como implementar alternativas de utilização dos recursos computacionais pode contribuir na melhoria da prática docente e discente. 

2.4. Justificativa

O interesse pelo tema desta pesquisa tem suas origens na necessidade de mudanças da prática pedagógica, principalmente no que se refere aos novos papéis que o professor deverá desempenhar, nos novos modos de formação que possam prepará-lo para o uso pedagógico do computador, bem como em sua atitude frente ao conhecimento e à aprendizagem.

As mudanças provocadas com o advento da tecnologia trazem a tona questionamentos em relação à postura de qualquer profissional e, sobretudo, do profissional da educação diante do seu compromisso frente a seus aprendizes e da sociedade a qual ele pertence, onde não basta conhecer, mas necessita-se diversificar a forma de trabalho e as propostas pedagógicas, que hoje têm ligação direta com o processo tecnológico emergente.

Levantam diversos questionamentos de como proceder, como encaminhar, que metodologias devem ser utilizadas, qual é o principal objetivo a ser atingido nesse processo do uso das Tecnologias de Informação e Comunicações (TICs), são constantes no cotidiano de qualquer profissional e preocupa o docente, pois esta tecnologia ainda é recente no universo escolar, trazendo uma constante, que são os encaminhamentos para seu uso em todas as áreas do conhecimento, principalmente com alunos da rede pública.

Conforme nossas pesquisas realizadas nas Escolas da região de sua abrangência, observou-se que poucas escolas têm contemplado o uso da telepática em sala de aula. E que os professores pouco utiliza o instrumental tecnológico disponível, como softwares para trabalhar os conteúdos em sala de aula.

Um coletivo de inexperiência com o uso do computador agregado a falta de conhecimento do professor em utilizar e criar atividades diversificadas com o instrumental que está disponível tem levado a uma preocupação em buscar caminhos e metodologias que modifique a realidade deste profissional.

Entendemos que essa pesquisa justifica-se ainda pelo fato de que o professor necessita de capacitação para desenvolver novos papéis que lhe são impostos pela utilização do computador na educação. Segundo Valente(1996). [4] “o advento do computador na educação provocou o questionamento dos métodos e da prática educacional.

Também provocou insegurança em alguns professores menos informados que receiam e refutam o uso do computador na sala de aula.” Ainda conforme Valente(1996) [5], “o uso do computador pode enriquecer ambientes de aprendizagem onde o aluno, interagindo com os objetos desse ambiente, tem chance de construir o seu conhecimento.”

Informática e computadores provocam mudanças nos currículos e essas terão conseqüências na capacitação de professores. Além de necessitar de elementos de ciência do computador e informática deveremos também prepará-los para ensinar de uma nova maneira. D’Ambrosio(1986) [6] comenta ainda sobre o relacionamento dizendo que “temos agora um triângulo estudante – professor – computador, onde anteriormente apenas existia o relacionamento estudante – professor. Os estudantes por sua vez, têm novas  expectativas com respeito ao ensino geral.” Observa-se, também, mudanças na dificuldade de problemas e exercícios. O uso do computador muda a ordem de dificuldade dos exercícios e também viabiliza a resolução de várias maneiras para o mesmo exercício. Todas essas possibilidades apontadas pelos autores dependem da participação efetiva dos professores no processo de ensino e aprendizagem . É necessário que o professor esteja preparado para pré-estabelecer metas quando do uso do computador, ou seja, desde a escolha do software que irá utilizar bem como a adequação do uso deste software aos seus objetivos pedagógicos.

A falta de preparo e informação do professor em relação aos recursos tecnológicos  contribuem para que a informática educacional se torne um processo frustrante.

Por todos esses motivos acreditamos que nossa pesquisa se justifica, pois a mesma tem a intenção de dar uma alerta a esse  tipo de docente, que insiste em usar métodos  pedagógicos ultrapassados, em suas  atividades profissionais.

2.5. Escopo do estudo

É necessário deixar claro o que este trabalho não pretende abordar, o que não atinge, ou ainda, não alcança. Neste intuito, esse estudo não apresenta e não pretende oferecer receitas sobre a utilização do computador na educação. Apesar de buscar ser uma contribuição para os professores, cumpre ressaltar que o envolvimento destes no processo de  implementação da tecnologia na educação é tão importante quanto sua aquisição de informação e capacitação. Assim, não se apresenta um software e tão menos uma metodologia milagrosa. O professor deve preestabelecer seus objetivos e metodologia a cada atividade utilizando computadores.

Este trabalho não tem o objetivo de provar que o uso das tecnologias melhora efetivamente o processo de ensino e da aprendizagem, mas sim buscar subsídios para uma análise sobre o tema. O simples uso de computadores não garante  nenhum avanço. É preciso que professores e alunos cumpram seus papéis para que o processo seja válido. Esses papéis precisam ser definidos, pois diferem totalmente dos papéis já estabelecidos pela escola que não utiliza uma metodologia de uso da tecnologia. O professor passa de informador/emissor de conhecimento para  facilitador da aprendizagem. O aluno, por sua vez, passa de ouvinte/receptor para co-responsável pelo seu aprendizado. 

2.6. Etapas de nossa pesquisa

Utilizar-se-á o histórico de nossas pesquisas realizadas em 03 escolas brasileiras localizadas na região de Saitama-Ken Japão para um mapeamento das atividades desenvolvidas pelos professores no período de 2009, relacionadas à utilização dos recursos computacionais em suas  atividades educacionais na região.

No desenvolvimento da dissertação é apresentada a descrição das etapas  correspondentes aos objetivos, justificativas, hipóteses, metodologia utilizada e a estruturação do trabalho.

 

O Capitulo I a introdução onde  aborda conceitos de contextualização do tema em discussão, procurando apresentar elementos e aspectos que possam traçar um panorama da questão do conhecimento nas sociedades e na escola.

O Capitulo II analisamos as tecnologias de informação e comunicação e o ensino/aprendizagem; No Capitulo III veremos o papel do computador na educação; no  Capitulo IV enfocamos a Formação de professores para a realidade atual.

O Capítulo V checaremos os resultados da discussão  dos capítulos anteriores e a realidade verificada, através do relato e análise da proposta implantada; já neste Capitulo VI faremos as considerações  finais e   proporemos algumas mudanças que entendemos serem de grande valia para a  comunidade estudantil, no Capitulo VII  é onde encontraremos toda a  bibliografia consultada; e por fim teremos Os Anexos com toda a documentação referentes a nossa pesquisa onde poderá ser observada pelo leitor.

2.7. Metodologia

Primeiramente desenvolvemos uma pesquisa bibliográfica para contribuir com a discussão teórica sobre o uso das novas tecnologias pelos dos profissionais da educação, e para isso buscamos várias referências que nos ajudaram a entender melhor essa temática, com levantamento de leitura exploratória e seletiva de livros, dissertações, teses e artigos científicos, a fim de ordenar e sumariar as informações contidas nas fontes, conferir significado mais amplo aos resultados, relacionando o que o autor afirma com o problema para qual em questão. Nossa pesquisa tem um cunho exploratório de caráter dedutivo.

Logo após, visitamos as escolas de Saitama-Ken, as quais selecionamos cuidadosamente conforme os objetivos de nossa pesquisa e verificamos as que possuem laboratório de informática, em seguida, nos deslocamos até a Assessoria Pedagógica a fim de coletar dados sobre o número de professores e suas respectivas disciplinas existentes em cada escola pretendida. Dessa forma, foram coletados dados de interesse da pesquisa através de questionários, que foram utilizados, nas escolas de Saitama-Ken; por fim entrevistamos, coordenadores, gestores, professores e alunos.

Os dados foram coletados e trabalhados por meio de questionários, com perguntas abertas e fechadas referentes ao assunto a ser abordado no decorrer da pesquisa, bem como dados pessoais, formação acadêmica, formação profissional, formação em informática e utilização e visão dos professores.

Categorizando nossos dados utilizamos parte das categorias elencadas por Sena (2005)[7], são elas: descrença pedagógica, ilusão, motivação, abertura e engajamento. Dentro da concepção inicial do professor, intentamos observar os modelos dos quais os professores mais se aproximam, não querendo, com isso, classificá-lo, pois compreendemos que tais concepções são pessoais, únicas e diferenciadas.

 

2.8. Fundamentação Teórica

Os tempos atuais são tempos de profundas transformações tecnológicas. A rápida evolução e difusão de novas tecnologias, em particular as associadas aos computadores estão a alterar significativamente não apenas os processos de produção de bens materiais, mas também os processos de difusão das experiências e, conseqüentemente, os modos de viver em sociedade. Este ritmo evolutivo em termos tecnológicos é acompanhado (e possibilitado) por um volume crescente do conhecimento humano nas mais diversas áreas do saber. Nunca como hoje, se tornou tão necessário o desenvolvimento de capacidades ao nível da gestão e manipulação de informação, de modo a permitir uma interação eficaz com o mundo que nos rodeia.

A sociedade de futuro será "uma sociedade que verá, provavelmente, o seu sucesso baseado na capacidade de acesso e tratamento/organização de informação" Freitas(1992)[8]. Uma sociedade em que mais do que saber, interessa aceder à informação - a aumentar em cada dia que passa - e saber trabalhá-la formulando perguntas inteligentes.

Cada vez mais as pessoas terão necessidade de partilhar experiências, informações e conhecimentos. Na minha perspectiva, dada a complexidade e especificidade de algum hardware e software, esta troca de experiência entre pessoas portadoras de deficiência é também enriquecedora. Aos mais diversos níveis - local, regional, nacional, internacional e mundial - os desafios que se colocam à sociedade exigem competências de gestão, organização e manipulação de informação, aliadas a um forte espírito de solidariedade e de cooperação. Trabalhar em cooperação, ser o nó de uma rede humana, é a oportunidade de partilhar experiências e ter acesso a novo "Know-how" sobre certos domínios. Neste sentido, podemos quando afirmar: Que é agora largamente reconhecido que, nos domínios em rápida transformação, como os relacionados com a educação e a formação, a informação mais útil e atualizada não se encontra nas bases de dados, mas antes na memória coletiva dos grupos de utilizadores que operam nesses domínios.

Neste contexto o acesso a redes de comunicação à distância poderá significar a interação direta com especialistas de determinadas áreas do conhecimento, onde os utilizadores dessas redes podem pedir assistência e onde podem receber, de outros utilizadores, quer respostas que satisfaçam as suas necessidades, quer sugestões sobre o local onde podem encontrar a informação ou parecer especializado que procuram . A este nível, e apitando as palavras de Freitas(1992) [9], "a humanidade terá nas novas tecnologias da informação e comunicação um auxiliar precioso no sentido de uma verdadeira disponibilização da informação por todos".

Viver numa sociedade cada vez mais alicerçada em poderosas redes de comunicação, implica novas mentalidades, novas destrezas e novas exigências; permitindo estabelecer novas conexões entre as tecnologias mais prometedoras tendo em vista as necessidades de formação para a sociedade dos anos 90 e do próximo milênio.

Na sociedade do conhecimento, com as novas tecnologias de Informação e  Comunicação (TIC), a aprendizagem se reflete em todos os ângulos da sociedade. A vida na Sociedade do Conhecimento e da Informação, das telecomunicações, da Internet, do mundo virtual, da reconstrução do conhecimento e da mundialização de conceitos, idéias e tecnologias, surge a complexidade do mundo, com uma exposição a incontáveis informações.

Nos últimos anos, muito sistema de ensino tem vindo a repensar os seus objetivos e modelos de funcionamento, procurando renovar-se e adaptar-se às novas exigências da sociedade atual. De entre os fatores que têm tornado necessário um repensar da escola, contam-se os rápidos desenvolvimentos tecnológicos a que estamos a assistir na sociedade e que, por um imperativo desta, se têm repercutido, de alguma forma, na prática educativa.

3. As tecnologias de informação e comunicação e o ensino/aprendizagem

As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) invadiram as nossas escolas num curto espaço de tempo e prometem ficar devido à importância que lhes é atribuída. Mas por que razões é que elas são importantes?  Na verdade há quatro princípios fundamentais princípios segundo vários autores que são:

- Razões sociais - as crianças devem ser preparadas para agir numa sociedade movida pelas tecnologias;

- Razões vocacionais - as crianças devem ser preparadas profissionalmente (dominarem as tecnologias) para vencerem nessa mesma sociedade tecnológica;

- Razões pedagógicas - possibilidade de melhoria dos processos de ensino - aprendizagem;

- Razões catalisadoras - a utilização do computador pode acelerar outras inovações educativas, com mais ênfase nos processos de ensino - aprendizagem que valorizam a cooperação mais que a competição, a resolução de problemas e reflexão e não tanto a memorização.

No entanto, até que a integração dos computadores com objetivos construtivistas na escola sejam uma realidade, na maioria dos casos, há ainda um grande caminho a percorrer. Os obstáculos são ainda muitos, conforme diversos estudiosos, depois de reverem investigações feitas, concluíram que: o contexto social, a organização escolar, os suportes externos e as características inovadoras do produto eram os principais entraves para uma utilização eficiente.

- Contexto social - necessidade de investimento em equipamentos; desenvolvimento de programas informáticos educativos; formação de professores; falta de empenhamento por parte das hierarquias superiores ligadas à educação; reformulação de currículo, etc..

- Organização escolar - as dificuldades surgem quando não existe encorajamento por parte da administração das escolas, principalmente, em não facilitar a participação em formação, aquisição de equipamentos e programas, reorganização de horários, salas, etc, quando os professores não estão receptivos às novas idéias e experiências; quando não existe um coordenador de informática e também quando não existem contratos de manutenção de equipamentos e programas.

- Suporte externo - os cursos de formação contínua pecam por dar quase que unicamente relevo aos aspectos técnicos em vez de ajudar os professores com a integração dos computadores no dia-a-dia da escola, com conhecimentos de seleção e avaliação quer de programas informáticos, quer de desempenho dos alunos. E por último, os professores não têm suportes que os ajude a ultrapassar os problemas criados pelas novas relações professor/aluno.

- Características inovadoras - aqui levantam-se questões relacionadas com as vantagens e desvantagens que os computadores trazem para o processo de ensino  aprendizagem; com a qualidade dos programas informáticos educativos; que tipo de raciocínio  é que se pode esperar quando se medem benefícios atuais versus custos em pessoal e organização.

Todavia não só, o uso correto dos computadores na educação requer, principalmente, uma aproximação psicológica na qual professores e alunos sejam sensibilizados para as diferenças individuais de aprendizagem, numa nova postura quer de uns quer de outros. Os alunos também têm de compreender a sua nova posição - responsáveis pela sua aprendizagem.

Os professores têm que mudar as suas atitudes pedagógicas, o seu objetivo deve ser o de construtor de conhecimento, isto é, ajudar os alunos a apropriarem-se dos seus conhecimentos, construírem eles mesmos os seus mapas de conceitos e conduzirem as suas próprias explorações, prepará-los para a aprendizagem permanente, fomentar neles valores que conduzam à satisfação pessoal e que sejam socialmente construtivos porque isto dá-lhes poder e motiva-os.

Entendemos que o papel relevante que as novas tecnologias da informação e da comunicação poderão desempenhar no sistema educacional depende de vários fatores. Além de uma infra-estrutura adequada de comunicação, de modelos sistêmicos bem planejados e projetos teoricamente bem formulados, o sucesso de qualquer empreendimento nesta área depende, fundamentalmente, de investimentos significativos que deverão ser feitos na formação de recursos humanos, de decisões políticas apropriadas e oportunas, amparadas por forte desejo e capacidade de realização.

Entretanto, para que possamos combinar esses elementos num modelo de planejamento sistêmico, adequado e exeqüível, é necessário uma melhor compreensão das diferentes realidades educacionais, da gravidade dos problemas que afetam a educação e suas relações de interdependência com os outros subsistemas, da compreensão dos novos cenários mundiais que estão sendo desenhados e redesenhados pelo processo de globalização. Nesses cenários estão incluídas as novas tendências que vêm afetando a economia, a política, o meio-ambiente, as maneiras de viver e conviver, as formas como as sociedades se organizam, levando-nos a perceber o quanto a área educacional está dissociada do mundo e da vida, o que vem exigindo significativas modificações nos processos de ensino-aprendizagem e nos papéis até então desempenhados pelas escolas.

O equacionamento adequado da problemática educacional envolvendo a utilização das tecnologias requer, ainda a transposição para a área educacional de princípios, noções, critérios, conceitos e valores decorrentes do novo paradigma científico que coloca em xeque o atual modelo de construção do conhecimento fundamentado em teorias de ensino-aprendizagem apoiadas num movimento intelectual que já está ultrapassado, embora ele ainda continue existindo e persistindo nas políticas governamentais e nas práticas pedagógicas da grande maioria de nossas escolas.

O atual modelo científico decorrente da nova Cosmologia explicada pela Teoria da Relatividade e pela Física Quântica apresenta uma série de implicações importantes nos processos de construção do saber, na maneira como pensamos e compreendemos o mundo e, conseqüentemente, nas formas de produção, de gestão e de disseminação do conhecimento e das informações. A combinação desses fatores requer a preparação de uma nova agenda educacional, na qual planejadores e executores de projetos educacionais precisam estar mais atentos para que os aspectos finalísticos da educação realmente sejam alcançados.

Dessa forma, para que possamos justificar a necessidade de maior dinamização dos processos de informatização da educação e compreender melhor o papel que as novas tecnologias poderão desempenhar no contexto educacional, precisamos entender com sensibilidade e clareza quais são os traços de universalidade existentes no mundo contemporâneo caracterizadores dos novos cenários mundiais, quais as mudanças que estão ocorrendo na economia, nas organizações e nos serviços, bem como quais são as transformações nos sistemas de produção de conhecimento e de transmissão de informações.

Isto porque, sob o nosso ponto de vista, para educar para a Era da Informação ou para a Sociedade do Conhecimento é necessário extrapolar as questões da didática, dos métodos de ensino, dos conteúdos curriculares, para poder encontrar caminhos mais adequados e congruentes com o momento histórico em que estamos vivendo. Todos esses aspectos implicam o repensar da escola, dos processos de ensino-aprendizagem e o redimensionamento do papel que o professor deverá desempenhar na formação do futuro cidadão daqui para frente.

3.1. O Ensino/Aprendizagem

O desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação nos últimos anos, veio trazer aos modelos tradicionais da aprendizagem ou, melhor dizendo, do Ensino/Aprendizagem um conjunto significativo de alterações, quer quanto aos suportes materiais, quer quanto às metodologias, quer ainda quanto aos modelos conceptuais da aprendizagem que já estão a produzir os seus efeitos e que vão ter em breve, repercussões de grande impacto na prática pedagógica.

A pressão em relação ao uso da informática se faz cada vez mais evidente em todas as áreas, e isso não é diferente na educação. A todo o momento os professores sentem que quem não for capaz de usar a informática como instrumental para o ensino-aprendizagem estará fora do mercado de trabalho. Mas quais os resultados da informática em relação à maior eficácia da aprendizagem? Os alunos realmente aprendem mais e melhor, quando fazem uso da informática? Que conceito de aprendizagem está por trás dos programas educativos? Essas são algumas questões que ainda não têm recebido a atenção que merecem.

A multimídia, em especial, tem sido a grande promessa de uma nova revolução no ensino. Muito se fala a respeito disso, mas pouco se comprova em termos da eficácia desse instrumental em situações de ensino-aprendizagem. Muita pesquisa ainda precisa ser feita, buscando informações novas a respeito da influência da multimídia na aprendizagem, para que se possa, futuramente, explorar esse recurso da melhor maneira possível com fins educacionais.

Contudo, uma idéia já é ponto pacífico entre as pessoas que lidam com informática na educação: a informática, assim como qualquer outro instrumental que possa ser usado em situações de ensino-aprendizagem, depende do uso que se faz dela. Não se pode esperar milagres das novas tecnologias.

Para Freire(2001a)[10], o homem é um ser de relações que, desafiado pela natureza, a transforma com seu trabalho, criando o mundo da cultura. E ao criar o mundo do trabalho e da cultura ele se percebe historicamente imerso na contradição opressores-oprimidos, advindo daí a necessidade de sua superação.

 

É impossível, na perspectiva freireana, compreender o pensamento fora de sua dupla função: cognoscitiva e comunicativa.

A intersubjetividade ou a intercomunicação é a característica primordial deste mundo cultural e histórico. Daí que a função gnosiológica não possa ficar reduzida à simples relação do sujeito cognoscente com o objeto cognoscível. Sem a relação comunicativa entre sujeitos cognoscentes em torno do objeto cognoscível desapareceria o ato cognoscitível Freire(2001b).[11]

Em vista disso, a educação é concebida como um ato político e de comunicação - e não de extensão -, pois a comunicação “implica uma reciprocidade que não pode ser corrompida. Comunicação é educação, é diálogo, “na medida em que não é transferência de saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação dos significados” Freire(2001b)[12].

4. O papel do computador na educação

4.1. O Computador No Ensino

Desde sempre o homem tem tentado dominar o meio em que vive. Para isso criou utensílios, domesticou animais e construiu máquinas que o ajudassem nessa tarefa. Pode-se afirmar que desde o aparecimento do ábaco (passível de ser considerado como a primeira máquina de calcular), com o qual se podem executar as principais operações aritméticas e que curiosamente continua a ser usado nos países orientais e alguns países de Leste (antigas repúblicas ex-soviéticas) concorrendo com as máquinas de calcular, até aos modernos computadores de hoje, a evolução tem sido considerável.

Na seqüência de intervenções que tiveram lugar, o computador aparece como a descoberta mais significativa e transformacional da era moderna. Desde o seu aparecimento que o homem não cessou de o aperfeiçoar, introduzindo nas fábricas, nos escritórios, nos serviços, nas escolas e até mesmo nas casas de cada um.

A motivação para introduzir os computadores nas escolas tem objetivos socioeconômicos e políticos. Preparar os futuros cidadãos para o trabalho ou para o lazer, na sociedade da informação.

O decorrer dos tempos e as convulsões sociais têm, aos poucos contribuído para o aumento da população escolar que, em simultâneo, se tem alargado, uma tanto indiscriminadamente, às classes social e culturalmente mais arredada das letras. Esta situação propiciou a heterogeneidade da população escolar que acolhida por uma instituição, regra geral economicamente desfavorecida e arraigada a modelos escolares conservadores, não conseguiu criar as condições capazes de se sobreporem às diferenças socioculturais dos indivíduos e asseguradoras do sucesso escolar de todos quantos a freqüentam. Concomitantemente, tornou-se obrigatório um período de escolaridade que tem vindo a ser aumentado, sem que a Escola tenha revisto, de forma concludente, a sua forma de ser e de estar. Tal fato tem-se refletido, de um modo geral, no agravamento das taxas de não aproveitamento, traduzido pelas reprovações escolares, e pelo aumento da taxa de abandono escolar.

Vivendo-se, no final deste século, o início de uma nova Era, a das Novas Tecnologias (da informação e da comunicação), e quando os Sistemas Escolares apostam, na sua quase totalidade, em Reformas Educativas conducentes a estudos que, com maior ou menor pendor interdisciplinar, por um lado, conduzam a situações mais próximas da realidade vivida pelos alunos, e por outro, incidam na utilização e exploração dos meios informáticos. Cabe aos professores, no seu conjunto, a realização de experiências que de forma interligada possam servir de ponto de partida e base de trabalho a um outro tipo de ensino que se pretende, realmente, novo

O computador apresenta um conjunto de características que o tornam bastante adequado às tarefas do processo de ensino e aprendizagem, Blanco (1989)[13] de que se destacam a:

- Disponibilidade - como qualquer aparato eletromecânico, inerte, necessita de energia para se tornar operacional. Desde que ligado e após uma primeira seqüência interna de instruções/operações coloca-se à disposição do utilizador;

- Interatividade - pelas características físicas da própria máquina é facilmente perceptível que qualquer trabalho a desenvolver com o computador (mesmo considerando o modelo mais tradicional, unidade central de processamento, monitor e teclado) obriga a uma atividade atuante sobre diferentes canais sensoriais do operador. A imagem, por vezes acompanhada de som, e o tacto, apelam à atenção do indivíduo estimulando um quase diálogo; a interatividade entre o homem e a máquina,  facilitadora da percepção e retenção da informação manipulada. Esta característica tenderá a tornar-se cada vez mais dialogante uma vez que as investigações desenvolvidas são efetuadas no sentido de possibilitar a interação verbal. Na verdade nada está no intelecto sem que primeiro tenha passado pelos sentidos, então o computador pode ser um bom propiciador desta passagem, quando bem utilizado;

- Capacidade de memória - colocando de lado os aspectos psicológicos subjacentes ao conceito de memória humana, ou os aspectos técnicos que encaram e informam o conceito de memória dos computadores, aqui entende-se, de forma global, a memória como a capacidade de armazenamento e processamento de dados com função informativa, quando os mesmos são encarados como elementos inerentes ao processo de comunicação. E, sob este ponto de vista, o computador leva grande vantagem ao ser humano;

- Conforme diversos autores que consultamos  "o número de respostas corretas durante a aprendizagem cresce em função do número de apresentações da tarefa", embora experiências mais recentes apontem para o fato de o número dessas repetições não ser o elemento preponderante da memorização, não deixam de referir a sua relativa importância no processo da aprendizagem. Ora o computador detém uma grande capacidade repetidora, quase mecânica, que superando a maior paciência, objetividade e perseverança do melhor dos mortais, pode ser utilizada no processo de ensino e aprendizagem, completando e facilitando a atividade de alunos e professores;

- Adaptabilidade - embora só por si o computador não se adapte, realmente, a diferente situações, dado não se tratar de um ser mutante, os programas que corre é que se podem adaptar ao utilizador favorecendo, assim, uma diferenciação pedagógica mais adequada a cada indivíduo. Mas desta solidariedade máquina-programa, resulta uma adaptabilidade que pode oferecer atividades de recuperação, remediação e/ou enriquecimento conforme as características do aluno/utilizador;

- Capacidade de análise - pela interatividade proporcionada, espera de resposta, e pelos conceitos cibernéticos em que assenta a sua utilização, pode proporcionar a realimentação imediata do sistema. A cada resposta entrada pelo aluno/utilizador corresponde uma análise e validação da mesma, em tempo real, o que pode facilitar, por isso, a efetivação de uma auto-avaliação;

- Capacidade audiovisual - se o tratamento da imagem analógica é difícil, porque é seqüencial, a sua digitalização, ou codificação numérica, veio criar um leque de possibilidades até há pouco tempo inexistentes. Os avanços da microeletrônica refletiram-se nas novas capacidades visuais (e áudio) alcançadas pelos novos computadores. O encarar da imagem como uma matriz apresentou a novidade de se poder trabalhá-la, por software, em qualquer momento e em qualquer das suas características físicas (luminância, crominância, contraste) ponto a ponto.

Segundo Valente (1998)[14], às novas capacidades gráficas, a possibilidade de tratar o som de forma digital abriu caminho a uma "multi-representação ligada à utilização de linguagens distintas para explicar e representar o mesmo fenômeno". Assim, os modelos "construídos" em computador não sendo reais também o não são totalmente abstratos, são entes híbridos, "abscretos" , que colocados em presença do aluno lhe facilitam a percepção, a compreensão e a construção da imagem mental, cognitiva, conducente à aprendizagem.

O uso dos computador pelos alunos dá-lhes mais controlo, confiança e poder no que estão a fazer; nas escolas, o computador tem sido utilizado fundamentalmente em dois campos: na gestão escolar (onde, tal como num escritório, é usado em atividades ligadas à contabilidade, organização das turmas, processamento de salários, registro dos alunos e professores) e como instrumento de trabalho no próprio processo educativo.

Isto leva-nos a falar das aplicações do computador na educação (que envolve os dois pontos atrás referidos) e no papel do computador no ensino (que se refere apenas ao último ponto). A utilização do computador no ensino é feita de duas formas distintas, uma ativa em que o computador tem um papel preponderante e uma em que o computador é um instrumento, um meio de ensinar.

Outra aplicação que o computador está a ter no ensino é como recurso material, elemento de consulta de determinados tópicos como História, carreiras ou operação de máquinas, ajudando os alunos nas suas investigações e projetos de trabalho.

Sintetizando passo a enunciar os seguintes modos de classificar, numa visão do computador disseminador de conhecimento, o papel do computador no ensino, segundo (Lutterodt, Sarah e Austin Gilbert, (1982)[15]:

1. Computador como tutor - programas que pretendem instruir e guiar o aluno na sua aprendizagem ou processos de pensamento.

2. Computador como instrumento - o aluno usa as aplicações do computador e manipula a informação.

3. Computador como aprendiz - o aluno ensina (programa) o computador.

4. Computador como elemento de consulta - permite uma pesquisa sobre determinados temas. O computador não é um mero substituto do professor, mas uma ferramenta de trabalho, para ser utilizado tanto quanto possível pelo próprio aluno.

Ser capaz de lidar com a informação tem cada vez maior importância em todas as esferas da sociedade.

Torna-se vital desenvolver desde muito cedo nas crianças as capacidades de saber onde procurar a informação pretendida, selecioná-la, interpretá-la, orientar o seu processamento, avaliar os respectivos resultados. Torna-se igualmente importante saber usar o computador como um instrumento de comunicação. O computador só por si não é um fator de progresso.

A introdução do computador no ensino não deve ser feita de forma precipitada. Deve-se ter em consideração a reflexão sobre os objetivos educacionais visados, a forma de os concretizar, de avaliar os resultados e os processos de formação a utilizar para que os professores venham a assumir um papel radicalmente novo.

Uma aprendizagem ativa acontece quando existe um envolvimento ativo dos alunos no processamento da informação, o mesmo é dizer que quando o aluno tem a possibilidade de fazer - -manipular, sentir, desenvolver - ele próprio interioriza mais facilmente os conceitos novos nos já existentes.

O computador é uma ferramenta que pode contribuir grandemente para a concepção destes tipos de ambientes de aprendizagem, ao permitir que conceitos dantes unicamente verbalizados sejam manipulados informaticamente através da imagem e do som, tornando-se muito mais evidentes e interessantes. Ambientes que insistem os alunos a atingir os objetivos educacionais desejados, isto é, que permitam que os alunos demonstrem as suas capacidades num dado domínio, que lhes forneça o desenvolvimento necessário para competências e processos de desenvolvimento de aprendizagem.

O "bom" programa informático será, então, aquele que leva os seus utilizadores a alargar os horizontes, a aumentar a auto-estima, aumento da atividade de reflexão e resolução de problemas, os computadores estão mesmo a revolucionar a forma de pensar dos homens sobre o mundo.

Segundo nossas pesquisas entendemos que um "bom" programa informático educativo "... deveria reforçar a aquisição de competências meta cognitivas e estratégicas de aprendizagem que envolvem a explicitação e a reflexão sobre os conhecimentos dos alunos (falhas e concepções incorretas versus aspectos positivos), assim como o reforço dos seus métodos de pensamento e atividades de aprendizagem (poderosos versus débeis).  

Mas utilizar pura e simplesmente o computador na sala de aula, não significa que ele esteja a ser usado como meio para a aquisição de conhecimentos, capacidades e atitudes. Para que isto aconteça, é necessário que esteja inserido num ambiente de ensino ativo. Mas não só, ou talvez mesmo em primeiro lugar, é necessário que os professores tenham conhecimento da eficácia dos programas, características técnicas, área curricular e nível de ensino, objetivos, dados sobre a sua eficácia relativamente a outro método alternativo;  para que tenham a oportunidade de usar este potente meio de ensino - aprendizagem, tirando o máximo partido das suas potencialidades e permitindo aos alunos serem eles os principais atores, num cenário que eles próprios, dentro do possível, construam. Entendemos que dentro deste contexto, os professores se sentirão  mais profissionais, educadores com "E" maiúsculo, como é muitas vezes comentado.

4.2. O Computador No Currículo Escolar

A utilização das TICs no ambiente escolar contribui para essa mudança de paradigmas, sobretudo, para o aumento da motivação em aprender, pois as ferramentas de informática exercem um fascínio em nossos alunos. Se a tecnologia for utilizada de forma adequada, tem muito a nos oferecer, a aprendizagem se tornará mais fácil e prazerosa, pois “as possibilidade de uso do computador como ferramenta educacional está crescendo e os limites dessa expansão são desconhecidos” Valente (19993)[16].

O computador serve para preparar projetos que os alunos tenham em mente. Por exemplo: levar a cena a peça de Gil Vicente. Neste campo o computador será usado para uma busca intensiva no que respeita ao modo de falar, ambientes e trajes.

Com a ajuda do computador o desenho do cenário, iluminação e outros aspectos da produção serão produzidos em vídeo.

Os modos de aprender e reagir ao mundo externo serão igualmente afetados e moldados à medida que a tecnologia altera o ambiente.

O sistema educativo deverá ser responsável pela preparação das pessoas para o mundo em mudança, através da integração da utilização informática no currículo escolar e fornecer aos estudantes as capacidades e os conhecimentos necessários para a sua adaptação às transformações que vão tendo lugar à sua volta.

4.3. A tecnologia Informática Na Sala de Aula Contribui Para Múltiplas Aplicações:

Incrementar a valorização pessoal dos alunos ao permitir-lhes aprender, explorar, criar, solucionar problemas, arriscar hipóteses, cometer erros e corrigi-los num ambiente pacífico e independente de ameaças explícitas ou implícitas.

O computador servirá para estimular a imaginação dos alunos e permitir-lhes opções, bem como, projetos mais criativos. Contribuirá para ajudar os alunos a assumirem um certo grau de responsabilidade pela sua educação, contribuindo para que atinjam um estatuto de estudantes autônomos. A utilização da informática em todas as áreas curriculares exercerá um forte impacto nas intenções e objetivos curriculares. Tanto os alunos como os educadores se encontrarão num processo de aprendizagem simultânea, podendo desta forma resultar num tipo de relacionamento cooperativo diferente. Reforçando o conceito: aprendizagem é um processo/projeto de vida não limitado à escolaridade.

A informática pode vir a ser importante na motivação, participação e interação entre estudantes.Os estudantes quer sejam do ensino pré-primário, passando pela Educação Especial, ensino secundário e até adultos possuem diversidades, interesses, estilos de aprendizagem e antecedentes sociais e econômicos individuais.

O desenvolvimento físico, intelectual e emocional desenvolvem-se nos estudantes em ritmos diferentes. A variedade de aprendizagem individual possui vários estilos: visuais, auditivos, verbais e sinestésicos.

O hardware e o software podem ajudar todos os alunos, em particular alunos que aprendam uma segunda língua, deficientes e adultos, num desenvolvimento autônomo que tenha em conta necessidades e capacidades individuais.

Os computadores podem ajudar os alunos a comunicar de diversas formas. Podem ajudar os alunos com dificuldades orais ou físicas a comunicar através da utilização de dispositivos amplificadores.

Produções multimídia permitem aos alunos a utilização de uma variedade de métodos de apresentação (texto, som, animação, gráficos, etc.) para se exprimirem.

Alunos de comunidades geograficamente isoladas podem aceder instantaneamente a fontes de outros ambientes de aprendizagem ou comunicar com outros alunos em localidades diferentes.

A tecnologia tem evoluído ao longo dos tempos surgindo novas profissões e as tradicionais vão sofrendo um rápido processo de evolução. Os métodos e as técnicas de trabalho tem um prazo de duração cada vez menor, sendo renovadas ou substituídas por novos métodos e novas técnicas de trabalho.

Segundo o tecnólogo Denis Alcides Rezende[17] a Tecnologia da Informação (TI) e seus emergentes recursos evoluíram muito nesses últimos 45 anos, favorecendo a formação das pessoas e repercutindo na gestão dos negócios. A evolução integrada dessa tríade (TI, pessoas e gestão), por sua vez, contribuiu para o desenvolvimento de organizações inteligentes, que se caracterizam pela disponibilidade de sistemas de informações de apoio aos processos decisórios operacionais, gerenciais e estratégicos, com reflexos diretos nos resultados das empresas.

O saber baseado na memorização extensiva e na simples apreensão de técnicas repetitivas vai-se desvalorizando. Por outro lado as capacidades de trabalho em grupo, de fazer julgamentos críticos, de selecionar informação necessária à resolução dos problemas, saber interpretar e trabalhar as capacidades de assumir riscos tomar decisões tornam-se mais importantes. Desta forma o sucesso escolar dependerá da forma como a escola promover o desenvolvimento das capacidades cognitivas mais complexas.

4.4. Benefício do Uso dos Computadores pelas Crianças

Sobre o uso do computador na educação, o pesquisador Eduardo O. C. Chaves [18]  expõe que o computador deve ser visto como um meio auxiliar de ensino na tentativa de reduzir os índices de repetência e evasão escolar, além de capacitar e preparar o aluno para uma sociedade informatizada.

A criança aprenderá a operar com destreza com o teclado. Descobrirá que os enganos e outras espécies de erros não são tolerados. Desvendará o curso lógico de complicados pensamentos. Será forçada a decompor em pequenos passos os problemas vastos e gerais. Sentir-se-á recompensada pelos êxitos, parciais, ou finais, do seu trabalho com o computador. Aprenderá a melhorar e aperfeiçoar os programas por ela própria escritos. Desenvolverá as suas capacidades e juízos estéticos.

Outra vantagem do computador para as crianças e jovens é o tirarem do uso dos seus problemas a resolução de problemas concretos.

4.5. Na Sala de Aula com Computadores

Programas de uso geral e programas específicos para aplicações didáticas estimulam a aprendizagem e ajudam a aumentar a eficiência da escola.

Figura. 01

A escola é um lugar excelente para os primeiros contatos com o computador. As pessoas que aprendem a usar a tecnologia computacional na escola certamente terão menos dificuldades do que as que entram em contato com ela somente no mercado de trabalho. Além disso, poderão se preparar melhor para as exigências cada vez maiores nessa área.

Há duas categorias de programas que podem ser utilizados nas atividades escolares.

 

1. Aplicativos de uso geral, utilizados como auxiliares no ensino.

2. Programas desenvolvidos com finalidades didáticas.

Figura. 02

a) Aplicativos de Uso Geral

 -Processador de texto – Tem utilidade imediata nas tarefas escolares; Possibilita que os alunos apresentem melhores seus trabalhos e agiliza a produção, permitindo que sobre mais tempo para o estudo dos conteúdos. É igualmente útil aos professores, pois facilita a criação de testes e exercícios.

Além disso, a produção guardada em arquivos pode ser aperfeiçoada e reutilizada depois.

- Programas de desenhos, de ilustrações e de tratamento de imagens – Usada para gerar ilustrações ou para o trabalho com gráficos em Matemática,Geometria e Física.

- Banco de dados – Muito útil nas áreas que reunen grande quantidade de informações, como Biologia e História. Um aluno interessado pode usá-lo para compilar informações sobre um determinado assunto e apresentar um trabalho em forma de relatório. Também ajuda o professor a organizar seu material didático. Grandes quantidades de informações podem ser recuperadas facilmente, sempre que for preciso orientar o trabalho de um estudante ou responder perguntas de ultima hora.

- Programas de apresentação – São programas flexíveis o suficiente para serem usados de várias formas, enriquecendo as aulas com seus recursos Multimídia. Se a escola não dispõe de um hardware especifico para a projeção da tela do  computador, eles permitem a impressão de transparências para retroprojetores ou slides para projetores comuns. Vêm com diversos fundos – prontos para serem utilizados, como telas – e fontes (tipos de letras). Podem incluir ainda som, animação, trechos de vídeos.

 

b) Aplicativos Didáticos

A popularização da multimídia tem estimulado o lançamento de grande quantidade de títulos didáticos em CD-ROM. Há opções para todos os níveis escolares, voltados para atender a itens específicos dos currículos. A utilização desses materiais na escola requer um critério cuidadoso por parte de professores, pais e alunos.

 

4.6. A Internet na Escola

4.6.1. A Internet, especialmente a Web:

é um recurso precioso para a educação, pois coloca à disposição de estudantes e professores uma quantidade imensa de informações. Através da Internet, é possível, por exemplo, “visitar” museus, universidades e bibliotecas do mundo inteiro, selecionando o que há de melhor em todas as áreas de cultura.

Professores e alunos podem se manter atualizados e trocar experiências, via novos grupos , por exemplo, com colegas do mundo todo.

Muitas instituições mantêm sites com conteúdos voltados especificamente para o uso escolar. Há também uma grande quantidade de imagens disponíveis na Internet. Depois que um arquivo de imagem é baixado para um computador local, seu conteúdo pode ser usado em multimídia computadorizada ou impresso em papel.

 

Segundo  Garcia[19]  a educação, a Internet pode ser considerada a mais completa, abrangente e complexa ferramenta de aprendizado do mundo. Podemos, através dela, localizar fontes de informação que, virtualmente, nos habilitam a estudar diferentes áreas do conhecimento.

4.6.2. Estratégias de Implementação

Embora a informatização de uma escola envolva inúmeros aspectos técnicos, o foco principal é o ensino e deve-se garantir a integração entre os profissionais da área técnica e os da área pedagógica. Confira algumas estratégias para a implementação.

a) Laboratório

Os laboratórios de informática precisam ter equipamentos em números compatíveis com sua utilização prevista. Os computadores devem ser interligados, formando uma rede local (LAN), de preferência com software que permita ao professor acompanhar, a partir de seu computador, as atividades desenvolvidas em qualquer computador do laboratório.

O software utilizado nas estações da rede deve estar previamente instalado em um servidor central. Mas cada computador precisa dispor também de drive de disquete, CD-ROM e disco rígido local, que poderão ser utilizados pelos alunos quando for necessário.

É importante que haja um estrito controle de vírus de computador, com o emprego de um programa antivírus adequado e atualizado com freqüência.

A melhor forma de utilização dos equipamentos é a que prevê dois alunos por  computador, o que encoraja o intercambio e o trabalho conjunto. No entanto, o espaço físico deve permitir também, ocasionalmente, a reunião de equipes maiores em torno de um único computador.

Todas as conexões físicas precisam ficar protegidas contra acidentes, mas os estudantes devem ser encorajados a ver e entender a forma como as diversas artes são interconectadas.

É recomendável a instalação de um computador em cada sala de aula  interligado em uma rede local, que pode abranger toda a escola. Durante uma aula, o professor poderá utilizar o equipamento para apresentar conteúdos multimídia, que tanto podem estar no computador local ou disponíveis no servidor da rede.

Os professores também podem usar esse computador para enviar notas e outros dados dos alunos para um servidor central. É preciso ter na sala de aula o  equipamento necessário para projetar a tela do computador, para que possa ser vista por todos os alunos.

Software de videoconferência pode ser utilizado para debates entre alunos de  diferentes salas. Esse recurso também pode ser usado como rede interna de televisão, quando for necessário todos os alunos da escola simultaneamente.

b) Conexão com a Internet

A conexão com a Internet é fundamental nos projetos de informatização da escola. Dependendo da previsão do numero de acessos simultâneos, pode haver a necessidade de um tipo de conexão especial, utilizando uma linha telefônica privativa de alta largura de banda e um contrato especifico com um provedor. No caso de redes locais, geralmente um computador é conectado à Internet, funcionando então como servidor de acesso para todos os outros computadores da rede local. Uma solução econômica seria utilizar o servidor como área de armazenamento, conectando-o à internet apenas periodicamente.

 

Figura 03

c) Biblioteca de Programas e CD-ROMs

Além de ensinar o uso de computadores e de programas, o laboratório de informática também é um espaço para complementar o aprendizado de todas as disciplinas do currículo. Para isso, é preciso formar e manter atualizada uma biblioteca de CD-ROMs e outros tipos de software de conteúdos didáticos e para-didáticos.

A escola poderia adotar uma política de empréstimos de software, como numa biblioteca comum.

O aspecto legal não pode ser negligenciado em relação aos software educativo e de rede, sistemas operacionais e todos os outros programas utilizados. Fuja sempre dos software piratas.

e) Equipe de Suporte

Os computadores e programas ainda são sujeitos a falhas de diversas naturezas e, por isso, é importante ter um ou mais profissionais da área técnica  permanentemente na escola.

Em instalações pequenas, um único profissional de suporte pode dar conta dos  problemas de software, hardware e rede e funcionar como consultor para os professores.

Em instalações maiores, pode haver a necessidade de um profissional para cada uma dessas funções, ou de equipes técnicas ainda maiores.

4.6.3. Nossa Pesquisa em Ação nas Três Escolas Selecionadas

Nos estudos realizados nas escolas de Saitamaken ,Japão  do Ensino Fundamental e médio, durante o primeiro  semestre do ano de 2009, mostraram que a utilização de computadores era deficiente; As observações foram registradas por ocasião de nossa visita.

Nas três escolas visitadas e observadas, havia laboratórios de informática em cada uma delas. Na escola A, havia no laboratório de informática com oito computadores, todos interligados a um computador central lidado a internete; na escola B, observamos que o laboratório possuía sete computadores,  todos ligados em  rede via um computador central; já na escola C, encontramos apenas cinco computadores; nesta escola o laboratório está  em fase de implantação  e por esse motivo ainda não possui computador ligado a internete, há apenas um  computador ligado a internete, sendo este de uso da  administração.

Nestas escolas, as crianças usavam os computadores para fazer desenhos, pesquisar  ou digitar textos. Havia também alguns jogos para entretenimento e exercícios de memorização, mas a impressão que ficou é de que as crianças viam na tela do computador uma máquina de brincar. Uma das secretárias da escola B disse, que a criança com dificuldade de aprendizagem ou problema de disciplina era encaminhada para as aulas de informática durante dois meses; quando ela retornava para a sala de aula convencional, o seu comportamento era outro, com demonstrações de maior interesse em aprender. Neste caso, o computador tornou-se um instrumento de ajuda à permanência do aluno na escola.

Essa estratégia parecia aliviar o problema da professora e da sala de aula, mas é pedagogicamente questionável. Para uns, era encarado como castigo, para outros, como prêmio. Esta realidade reforça a necessidade de formação do professor para utilizar os equipamentos de informática.

Apresentarei, em seguida, as respostas do questionário aplicado no mês de março de 2009, com alunos  das escolas A, B e a escola C onde havia uma disciplina de Informática Educativa na grade curricular dessas escolas. Perfazendo um total de 123 que responderam a um questionário sobre as aulas de Informática Educativa. Dos 123; 50 alunos tiveram aulas com computadores desde a 5 ª série. No ano de 2009, estavam freqüentando o 4º ano de Informática.

Estas escolas já desenvolviam aulas de Informática havia 5 anos. As escolas pesquisada  tinha duas aulas de Informática por semana. As atividades no computador eram: produzir e digitar textos no programa Word, fazer planilhas e gráficos no programa Excel, jogar e fazer desenhos no programa Paint. As escolas possuía Internet, mas 110 alunos responderam que navegavam na Internet fora da escola, enquanto 13 nunca haviam tido acesso a ela. Dos que utilizavam a Internet, 80 alunos buscavam entretenimento ou jogos, 10 aluno respondeu que buscava novos amigos e 20 realizavam pesquisas para a escola e para adquirir conhecimento e informação. Apesar de a maioria ter freqüentado 4 anos de aulas de informática, 80 alunos responderam que gostariam de ter mais de 2 aulas semanais. 

A tabela 1   representam a  escola  A com 48 alunos.

Tabela 1 – As atividades que os alunos gostam de fazer no computador 

Atividades

Número de respostas

Digitar texto, desenhar e jogar

Digitar texto e jogar

Digitar texto

Digitar e navegar na Internet

Digitar e desenhar

Não sabe

 

Total

20

 9

 6

 5

 3

 5

 

48

 A tabela 2 representa a  escola  B com 40 alunos.

Tabela 2 – As atividades que os alunos gostam de fazer no computador

Atividades

Número de respostas

Digitar texto, desenhar e jogar

Digitar texto e jogar

Digitar texto

Digitar e navegar na Internet

Digitar e desenhar

Não sabe

Total

17

 5

 4

 4

 6

 4

40

A tabela 3 representa a  escola  C  35 alunos.

Tabela 3 – As atividades que os alunos gostam de fazer no computador 

Atividades

Número de respostas

Digitar texto, desenhar e jogar

Digitar texto e jogar

Digitar texto

Digitar e navegar na Internet

Digitar e desenhar

Não sabe

Total

15

 6

 3

 3

 5

 3

35

Tabela 4, representa  as  escolas A, B, e  C – As atividades que os alunos não gostavam de fazer no computador

 

Tabela 4 

Atividades

Número de respostas

Produção de textos

Lidar com programas difíceis

Não tem atividade que não gosta

Não sabe

Provas práticas

Total

13

18

55

30

07

123

 A maioria utiliza o computador como uma máquina sofisticada de entretenimento eletrônico. Os 13 alunos que responderam gostar de digitar textos, responderam também que não gostam de produzir textos. Afinal, digitar texto é uma coisa, produzir texto é outra coisa, exige esforço mental e criatividade.

Cada computador era utilizado por 4 ou 5 alunos. Por isto, 22 alunos disseram que a escola deveria aumentar a quantidade de computadores com mais recursos; 12 alunos gostariam de utilizar a Internet nas aulas de Informática, 8 disseram estar satisfeitos com as aulas e 3 queriam mais aulas práticas e menos teóricas.

A insatisfação da turma não era com as aulas de Informática, mas com a dificuldade  antiquados para usar o computador uma vez que o mesmo era usado por 4 a 5 alunos por vez.      Nessas observações, percebemos que os alunos queriam aprender com a máquina, mas  a  falta de mais computadores tem sido um empecilho. Nosso questionamento é qual a justificativa para gostar de Informática?

A Tabela 5- Representa as  respostas das escolas  A, B e C;  respectivamente. 

Tabela 5 – Posição dos alunos que gostam de Informática

 

Por que gostam de Informática?

Nº de respostas

É importante para encontrar um emprego ou trabalho no futuro

10

Aprende melhor e/ou aperfeiçoa o conhecimento

30

Aprende sobre computador ou informática

35

É importante e/ou interessante

30

Descobre coisas novas

15

Não responderam

15

Outras razões: auxilia na prática; gosta da professora;

é divertido; é fácil

3

Total de alunos

123

Dessas escolas pesquisadas, 118 alunos disseram que gostavam das aulas de Informática e 5 disseram que não gostavam. Os 5 alunos que responderam não gostar das aulas de Informática acrescentaram que não entendiam nada de computadores, apesar de terem freqüentado de 3 a 4 anos. Além disso, eles eram considerados os alunos problemas porque tinham dificuldades de aprendizagem em outras disciplinas.

As respostas indicam que aprender informática é essencial para garantir o futuro. A idéia que está presente nas representações desses alunos em relação à Informática é a da preparação do indivíduo para o mercado de trabalho abstrato. Isso nos leva a questionar, mas que tipo de trabalho vai restar com a Informatização da sociedade? Será que usando o computador, o sujeito aprende mais e melhor ou aprimora o conhecimento? Tais posicionamentos explicitam a manifestação de utopias, para usar a expressão de Nóvoa (1995, p.8)[20], “que conduziriam ao eclipse dos professores”.

Do ponto de vista da modalidade de ensino, há um predomínio em entender a utilização dos computadores, como “máquinas de ensinar”, ou seja, um recurso a mais para instruir o estudante no processo de transmissão de informações atualizadas, como era o papel da televisão e do vídeo.

Mas será que os mediadores tecnológicos estariam a serviço da democratização do conhecimento? Que tipo de conhecimento seria necessário na formação escolar? O que ensinar e o que aprender diante da perspectiva do fim dos empregos que se estabelece na sociedade? Receber o conhecimento atualizado é necessário, no entanto, na educação formal a apropriação do conhecimento não advém necessariamente da informação atualizada, mas  essencialmente da assimilação e apropriação do conhecimento historicamente acumulado.

Vivemos um processo de mudança na educação e nas demais organizações. Quando perceberam que a educação pode ser lucrativa, os grandes grupos econômicos abriram um mercado gigantesco investindo em instituições educacionais informatizadas com equipamentos de última geração, em nome da qualidade total. Isto porque há uma crença de que a informatização vai solucionar com rapidez os problemas do ensino, como se pensava no passado. Além disso, a educação é considerada um caminho fundamental para transformar a sociedade.

Mas será suficiente o acesso rápido às informações relevantes? Por que? Há um vazio de conteúdo. As novas gerações estão contaminadas pela epidemia das redes virtuais de informações. A disponibilidade de todos os signos, religiosos, educativos, ideológicos, científicos, tecnológicos, sociais, econômicos, políticos, jurídicos, comerciais, psicológicos, sexuais, artísticos, críticos e acríticos, etc. alimenta as redes. A proliferação de tudo misturado traz a ilusão, para os usuários, de estarem atualizados para atender as exigências do mundo contemporâneo.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais, em seu caderno de Introdução, no capítulo específico sobre Tecnologias da Comunicação e da Informação, enfatizam a importância dos recursos tecnológicos na sociedade contemporânea. Esses recursos tecnológicos incluem os meios impressos como livros, jornais e revistas e os meios eletrônicos, como rádio, televisão, gravação em áudio e vídeo, computadores, multimídias, redes telemáticas, robótica, Internet e outros.

As tecnologias da comunicação, além de serem veículos de informações, possibilitam novas formas de ordenação da experiência humana, com múltiplos reflexos, particularmente na cognição e na atuação humana sobre o meio e sobre si mesmo. A utilização de produtos do mercado da informação – revistas, jornais, livros, CD-ROM, programas de rádio e televisão, home-pages, sites, correio eletrônico –, além de possibilitar novas formas de comunicação, gera novas formas de produzir o conhecimento. Há alguns anos não existia a possibilidade de comunicação on-line entre pessoas fisicamente distantes.... Essas mudanças nos processos de comunicação e produção de conhecimento geram transformações na consciência individual, na percepção do mundo, novos valores e nas formas de atuação social.

Desde a infância, os estudantes convivem com algum tipo mídia eletrônica como o rádio, a televisão, o aparelho de som, e alguns possuem um computador, ou trabalham com ele, e outros também navegam na Internet. A utilização de computadores e, especialmente da Internet, contribuem para melhorar a prática de ensino, porque tais recursos possibilitam o acesso rápido às informações atualizadas, e permitem também a troca de informações e debates por meio de grupos de discussão. Há uma possibilidade real de trocar conhecimento e informações com pessoas de todas as partes do mundo conectados à rede.

Estes recursos da Informática prometem melhorar o processo de ensino, porque oferecem auxilio pedagógico e material atualizado tanto para o educador quanto para os alunos.O computador é  considerado um recurso que facilita a aprendizagem, mas exige dos docentes uma fundamentação teórica e metodológica para desenvolver um ambiente de aprendizagem que mobilize os estudantes para o conhecimento na escola. Trata-se de um instrumento com potencial para estimular a motivação do aprendiz, se a utilização deste recurso estiver num ambiente desafiador. A máquina por si só não se traduz em um elemento motivador. O projeto de trabalho com a tecnologia da informação e comunicação deve ser interessante, caso contrário, os alunos perdem a motivação.

4.6.4. O uso de software na escola

Esta indagação atualmente tem sido objeto de estudo e discussão entre os especialistas em informáticas educativas, produtoras de softwares, professores e alunos, afinal trata-se da implantação da informática em muitas escolas públicas que tanto almejam sair do estado de inércia e transformarem-se em centros de construção do saber via novas tecnologias da informação.

Mas uma indagação é oportuna : o computador na escola vem resolver os problemas educacionais que afligem toda uma sociedade ,tais como evasão, repetência, dificuldades de aprendizagem dos alunos, má formação dos professores e péssimas condições de trabalho no ambiente escolar ?

A introdução de "mais uma máquina" no âmbito educacional não vem sanar todos os problemas citados acima, haja vista que a origem dos mesmos é complexa e envolve fatores sócio-políticos e econômicos.

Além de uma política social que valoriza e incentiva o trabalho do professor necessário se faz reformularmos conceitualmente o papel do educador nessa nova era, através de estudos constantes e discussões que venham contribuir com nossa formação e conseqüentemente impulsionar ações que façam da escola um espaço de construção do saber científico-cultural.

Precisamos utilizar este momento de modernização física das escolas ,ou seja, a introdução dos computadores como pretexto para repensarmos todo o processo educacional : Que homem a escola quer formar ? para qual sociedade? E que postura metodológica o educador pode construir para a formação desse novo indivíduo?

É sabido que a sociedade precisa ter como meta a formação de homens críticos, atuantes, capazes de transformar sua realidade em busca de uma melhor qualidade de vida: com saúde e moradia para todos, melhoramento nas relações interpessoais e um convívio equilibrado com a natureza , sendo assim cabe aqui discutirmos e projetarmos como a escola poderá contribuir para a formação desses indivíduos com a utilização de instrumentos tecnológicos .

Utilizar o computador é um dos passos para a concretização das metas educacionais citadas acima pois encontramos neste recurso a possibilidade de armazenar dados, intermediar a comunicação em tempo real entre pessoas do universo, simular situações reais, pesquisar informações nas mais diferentes ciências e utilizar softwares educativos . Este último, nosso principal objeto de estudo, por ser alvo de críticas de especialistas em informática educativa e meio de comercialização por parte de produtores.

Embora alguns softwares contribuam de forma significativa com as propostas pedagógicas progressistas por possuírem características tais como : interatividade, comunicabilidade, abertura para divulgação da criatividade dos alunos , estimula a pesquisa e possibilita a construção e socialização do saber coletivo; não significa que o uso e aplicação destes venha transformar o ensino. É preciso que os educadores conheçam uma infinidade de softwares, analise-os criticamente e utilize-os em consonância com seu projeto pedagógico e com as necessidades de sua classe .

A utilização competente de softwares poderá contribuir para uma educação igualitária e emancipadora ou servir de instrumento alienante se estes : não estiverem inseridos num projeto pedagógico sério e com objetivos claros , como se pode observar: "o software por si não educa, o professor como mediador é necessário" e ainda se estes apenas contemplarem conteúdos livrescos camuflados por efeitos especiais próprios dos acessórios eletrônicos.

Os softwares possuem aspectos pedagógicos e técnicos que devem ser levados em consideração no momento de escolha para isso é preciso conhecê-lo segundo suas características:

Tipo de softwares

Aspectos pedagógicos

Aspectos técnicos

AUTORIA

  • programável,
  • auxílio ás aulas do professor,
  • abertura para registro de pesquisas pelos alunos ,
  • possibilita feed back
  • interface amigável
  • aceita animação
  • ligação com outros programas
  • imagens de vídeo
  • possibilidade de inserir formas gráficas com movimento

REFERÊNCIA

  • baseado em atividades de exercício (behaviorista)
  • não interativo
  • não interdisciplinar
  • Subsidia pesquisas escolares
  • interface amigável

SIMULAÇÃO

  • lança desafios para os alunos construirem hipóteses e buscarem soluções
  • possibilita realizar um trabalho interdisciplinar
  • interface amigável

APOIO CURRICULAR

  • baseado na robótica ( ARS Consult)
  • possibilita a construção do conhecimento pelos alunos
  • aberto para a programação
  • interativo
  • interdisciplinar
  • importância no processo de construção e não no produto
  • interface amigável
  • fácil instalação e desinstalação

Análise realizada com base nos critérios de análise de softwares elaborados durante o III encontro Nacional do PROINFO ( Pirenópolis- GO)promovido pelo MEC.

Para Lima ( 2009)[21], softwares fechados são livros didáticos eletrônicos que passam um conhecimento cristalizado e cobram através de questionários respostas sempre corretas colocando o aprendiz numa verdadeira Educação bancária onde o erro deve ser punido com tiros, errado, risos de irônia de Extra Terrestres, e frases do tipo Tente novamente, ou seja a violência impõe ao aprendiz o sentimento de inutilidade , mostra o fracasso como natural e próprio daqueles que erram e que a única saída para não ser punido é repetir até acertar.

Introduzir tais softwares em nossas aulas como "produto moderno" , por ser um CD-ROM caríssimo a ser instalado em um MICROCOMPUTADOR, é antes de mais nada uma prática questionável, trata-se do uso e aplicação de uma ferramenta de alienação modernizada, ou melhor, é estarmos contribuindo para uma modernização conservadora do processo educativo, onde evoluem-se os instrumentos e conserva-se a estrutura de educação bancária onde o professor transmite e o aluno acumula informações de forma a crítica.

Infelizmente aproveitando a falta de oportunidade dos professores em estudarem sobre softwares, algumas empresas posicionam-se da seguinte forma: "os professores não estão preparados para utilizarem softwares abertos, preferem os fechados" postura que expressa claramente o quanto produtores de softwares fechados dependem da alienação e da postura pedagógica tradicional para investirem em softwares deste tipo e venderem mais , mantendo assim o status quo.

A preocupação com a formação dos educadores é evidente , uma vez que a prática do educador que media a construção do saber dos alunos e possibilita-os ver o mundo, ler nas entrelinhas a realidade conforme aponta (Lima  2009)[22]:

"Cuidado com software para olhar. O professor deve construir situações lógicas que possibilite o ver". Daí a importância do professor na escola atual, comprometer-se politicamente com o ensino e preparar situações que desencadeiem o saber com o uso das novas tecnologia, escolher junto com os alunos os softwares que lhes acrescentarão algo em sua formação, buscar a interação homem máquina no sentido do primeiro dominar o segundo e utilizá-lo a seu benefício.

A análise de software nos possibilita afirmar que os professores precisam resgatar a autoconfiança no seu poder de educar, de formar cidadãos , de planejar ações significativas para o desenrolar da aprendizagem do aluno, de aprender a aprender a utilizar a multiplicidade de instrumentos que poderão enriquecer o seu trabalho. Precisa descobrir que para além da recompensa financeira atualmente "em baixa" do seu trabalho, existe em suas mãos o compromisso e a responsabilidade de educar numa escola que "deve ser capaz de construir um projeto político-pedagógico de qualidade, orientado pelos princípios da justiça social" (afirmativa retirada do texto final produzido no III encontro nacional do Proinfo-Programa de Informática Educativa/MEC realizado em Pirenópolis-GO) .

A confiança em si e a autonomia para decidir como trabalhar a educação utilizando ou não softwares educativos , passa por um grande desafio que é a inversão não parcial mas total de paradigmas educacionais . Esta necessidade de transformação ,hoje está presente em muitos discursos de profissionais envolvidos na área, numa tentativa de contribuir para a mudança de postura do educador, ou seja, de transmissor de conhecimentos para desafiador de aprendizagem

A possibilidade da melhoria da educação com implantação da informática nas escolas e conseqüentemente a utilização de softwares, depende muito mais da postura política do educador em escolher produtos não alienantes e que venham subsidiar seu trabalho de classe em direção a uma prática construtivista, do que a inserção a crítica de softwares no ambiente escolar. O primeiro passo para a mudança da educação com certeza está sendo lançado a partir de eventos que promovam a reflexão e conseqüentemente uma transformação da ação como os organizados pelo PROINFO/MEC. Lima (2009)[23]

5. Formação de professores para a realidade atual

Entendemos que seja de suma importância, um profissional estar devidamente  preparado, para  exercer suas funções e  em se tratando da  área educacional onde a produção do conhecimentos exige pessoal qualificado, é fundamental que esse profissional esteja  sempre se  atualizando; e foi pensando nisso que elaboramos um  questionário, com perguntas abertas e  fechadas, o qual aplicamos a 21 professores das três escolas pesquisadas. O referido questionário encontra-se no anexo numero 14 de nossa pesquisa.

Os resultados a  que chegamos com as perguntas aos docentes trataremos mais adiante por ocasião da verificação dos resultados de nossa discussão, no próximo capitulo de nossa pesquisa.

Há já algum tempo que os professores se aperceberam que não podem continuar a ser meros transmissores de conhecimentos. Numa época em que há um constante desenvolvimento tecnológico e dos conhecimentos a todos os níveis, em que se repensa o papel da Escola e dos professores, importa que estes se conscientizem do caráter temporário dos conhecimentos possuídos e da necessidade de uma constante atualização. O computador vem, então facilitar-lhes os meios para tal.

É necessário e urgente e que os professores, especialmente os da Educação Especial, trabalhem nos mais diversos graus de ensino na utilização educativa dos computadores. Em algumas das nossas escolas os professores iniciaram a utilização diversificada dos computadores, da criação de clubes de informática, à integração do computador na sala de aula.

É de realçar que a maior parte dos professores não iniciados na utilização de computadores no ensino, pensa que é fundamental saber programar para poder utilizar adequadamente um computador. Não é possível um professor ainda que com muita experiência desenvolver a maior parte dos programas que necessita uma vez que estes são muito complexos e diversificados e requerem muito trabalho.

Só a prática permite o aperfeiçoamento das técnicas e dos processos envolvidos. Não basta dispor de computadores e bons programas para utilizar com sucesso os computadores no ensino; há também necessidade de criar espaços específicos para as diferentes disciplinas o que possibilitará utilizar sistematicamente o computador sem ter de ser transportado para a sala. a formação de professores é igualmente aceite como a chave do sucesso de qualquer inovação educacional. A qualidade da formação dos professores é fator que mais determina a qualidade da sua prática educativa. A utilização contínua permite a formação dos conceitos e idéias pedagógicas sobre a sua utilização. Não há prática educativa sem o "saber fazer".

A utilização do computador será tanto mais eficaz quanto mais freqüentemente utilizar o computador como ferramenta do trabalho pessoal (processamento de texto, base de dados, etc.). há educadores que defendem que os currículos devem ser alterados de modo a que nessas diferentes disciplinas se faça o uso do computador.

A tecnologia pode ter um papel importante na transformação dos métodos e dos currículos escolares. O computador pode constituir um agente de mudança na escola tradicional; os alunos são estimulados a participar ativamente na construção do seu conhecimento e a ter um papel decisivo na evolução das atividades. "O ênfase passa a estar na aprendizagem e não no ensino".

A História da Educação mostra-nos que a escola demora um considerável período de tempo a adaptar-se às novas condições provocadas pelos saltos tecnológicos.

Uma das componentes fundamentais da cultura atual é a cultura - científico-tecnológica.

A escola deverá tornar-se sensível ao ritmo da evolução social e tecnológica.

É necessário uma formação de professores encarada como formação permanente e contemplar vários níveis de envolvimento e vários tipos de funções relativamente à utilização educacional da informática (professores-utilizadores, animadores e orientadores-formadores).

Deve-se ter presente que em matéria de formação o problema não se reduz à simples falta de conhecimentos de informática dos professores.

O computador pode ser um precioso instrumento educativo nas mãos de professores imaginativos e entusiastas. É uma ferramenta de trabalho essencial para o desenvolvimento dos mais variados projetos e atividades por parte dos alunos.

Todas as diferentes aplicações que o computador pode ter na Educação e mais especialmente no ensino levam-nos a falar no papel do professor. Parece-me que começa a desaparecer a tentativa e a ameaça de substituir os professores por programas de autoformação. É evidente que o professor continua a estar presente na Escola, mas talvez exercendo um novo papel. Serão privilegiadas as capacidades de organizador e coordenador das diversas atividades. As aulas podem-se tornar em verdadeiros centros de criação e investigação.

O uso dos computadores pode ajudar os professores a passarem de uma concepção magistrocêntrica da Educação em que o professor é o centro da atividade escolar e os alunos o centro da passividade, para uma concepção puerocêntrica que desloca do professor para o aluno o fulcro da atividade escolar, reduzindo a passividade dos alunos. Teremos então uma escola ativa, com a individualização da Educação, com uma constante atividade durante o ato de aprendizagem, com a descoberta pessoal do saber a partir da realidade.

Os professores podem com os vários tipos de software de que vão dispondo colocar os alunos em situações de aprendizagem com todos os elementos da realidade e que lhes vão permitir através da análise descobrir e estabelecer relações. A educação pode passar a ser vista na perspectiva de uma ação ou influência de natureza afetiva, exercida intencionalmente por uma personalidade adulta, sobre personalidades em fases de maior estruturação e desenvolvimento. O uso do software pode libertar o professor de determinadas tarefas, algumas delas bastante rotineiras. O professor terá então oportunidade de consagrar mais tempo à observação psicopedagógica do aluno, dando lugar à intervenção direta junto de cada aluno no momento oportuno. Teremos oportunidade de criar autênticas relações humanas entre professores e alunos.

E aqui é quase obrigatória uma breve referência não só à necessidade de repensar os curricular das diversas disciplinas, mas principalmente à formação dos professores. Atendamos a que o mau ou desapropriado uso de um computador, por um professor inexperiente, pode ser algo de inibidor e desmotivado para um aluno sedento e atento às potencialidades desta máquina. A formação dos professores no que respeita às novas tecnologias da informação deve ter como preocupação não só a formação inicial bem como a formação contínua  que pode ser ministrada quer a tempo inteiro (com dispensa do serviço letivo), quer aproveitando os tempos não letivos dos professores. Reportando-nos concretamente à realidade portuguesa parece-me importante que neste momento se realizem ações de sensibilização, onde se dêem a conhecer as várias perspectivas de utilização das novas tecnologias de informação.

Todos com maior ou menor intensidade temos consciência de que estamos a viver um período de profundas mudanças não só na área produtiva, como na atividade profissional e ainda na própria cultura. Estas mudanças vão originar uma nova sociedade e uma nova sociedade vai precisar de um novo tipo de Escola para cumprir novos objetivos educacionais. O computador tem tido um papel importante no sentido desta necessidade e pode prestar uma ajuda significativa à escola para a transformação que urge.

Por outro lado há um certo empenho em fazer do computador como que um reflexo do homem. Este esforço de "humanização do computador" deve, em minha opinião, ser desenvolvido. Para atingir este nível, os informáticos foram levados cada vez mais a estudar o funcionamento dos mecanismos da linguagem, da aprendizagem e da cognição, para conseguirem implementá-los nos computadores. Entramos no que vem sendo designado por "inteligência artificial".

Há, todavia que considerar determinados limites segundo Harasim, L. (1989)[24]. Por exemplo, uma das dificuldades na construção de tutorias inteligentes reside no campo da psicologia da aprendizagem. Ainda não se conhece suficientemente bem a maneira de aprender do aluno de modo a se adaptarem os programas tendo em vista uma facilitação efetiva do processo de aprendizagem.

Parece-me que uma máquina com as características que o computador apresenta deve ter um papel importante no ensino e que se deve explorar ao máximo essas potencialidades. Tais potencialidades não se referem somente ao desenvolvimento de bom software educativo, mas também ao uso rentabilizado do computador. Este uso implica que estejamos inteirados das teorias de aprendizagem ou que percebamos minimamente os processos mentais subjacentes à recolha, ao tratamento, ao registro e à evocação da informação, bem como à dádiva de respostas.

Segundo Graziela Feldmann Marina Graziela[25]:

"Formar professores com qualidade social e o compromisso político da transformação tem se mostrado como um grande desafio a todos que acreditam na educação como um bem universal, espaço público, espaço democrático, um direito humano e social na construção da identidade e no exercício da cidadania. Escrever sobre esse tema nos convida a reviver as inquietudes e perplexidades na busca de significados do que é ser professor no mundo de hoje. Professor – sujeito que professa  saberes, valores, atitudes, compartilha relações e junto com o outro elabora a interpretação e reinterpretação acerca do mundo. Palavras, sentidos que encerram em si a dimensão da multidimensionalidade, da complexidade e da incompletude do saber e do ser".

A utilização do computador nas práticas educativas exige investimento no desenvolvimento profissional do professor, para que ele possa ser um pesquisador da ferramenta e atuar como um mediador, atualizado, criativo, na concretização do projeto pedagógico pretendido SIMIÃO & REALI, (2002)[26].

 

A formação de professores capazes de utilizar o computador como uma ferramenta nas práticas educativas, portanto, exige a capacitação técnica e uma prática reflexiva. Os professores de classe das escolas A, B, C,  se capacitaram para serem os responsáveis pelas aulas de informática. Este tipo de Educação continuada, formação-ação que ocorre na prática pedagógica, tem sido indicada como a mais adequada por Valente & Almeida (1997)[27] e    Valente (2003)[28] para a formação de professores para a utilização de computadores na Educação. Rosalen (2001, p. 147)[29] aponta que:

Os cursos de treinamento preparam tecnicamente os professores, o que não deixa de ser importante, mas não é o suficiente. O professor precisa se capacitar para entender por que e como integrar o computador em sua prática educativa, atendendo aos objetivos pedagógicos e às necessidades de seus alunos. Para isto é essencial o processo de reflexão da própria prática, como indicado por Zeichner (1993)[30]

 

e por Elias (1996)[31].

A situação investigada confirma que as reuniões pedagógicas e os grupos de estudo, associadas à formação para a utilização da informática nas práticas educativas, podem favorecer o uso deste recurso no trabalho pedagógico, como argumenta Ripper (1996)[32]:

 

"A atividade no/com o computador ficará sem sentido sem a reflexão sobre o que se está fazendo, sem um afastamento para refletir e poder voltar com um novo patamar de compreensão da atividade/projeto que se está desenvolvendo. (...) Para que o aluno tenha espaço para criar é necessário antes dar espaço ao professor para criar sua prática pedagógica". (p. 74, 82)

A participação em cursos e congressos, estudos específicos através de pesquisas na internet e leitura de livros e/ou trabalhos acadêmicos também podem favorecer o processo de reflexão da prática pedagógica, bem como a capacitação técnica dos professores. 

Por fim, foi possível confirmar que, nas escolas em que o professor da classe é o responsável pelas aulas de informática, evidencia-se seu papel como mediador da interação aluno-computador, favorecendo a autonomia dos alunos no processo de construção do conhecimento

Para o desenvolvimento deste estudo, partimos da premissa que o uso de computadores não garante, por si só, uma melhor qualidade do ensino. Pelo contrário, pode contribuir para dissimular problemas no processo ensino-aprendizagem sob uma aparente roupagem de “modernização”. O computador pode se constituir em importante ferramenta na escola se houver uma formação adequada dos professores para seu uso, uma formação que associe o domínio dos recursos tecnológicos a uma análise crítica das suas implicações na Educação e na cultura, de modo a constituir professores que:

 

-                "Examinam, esboçam hipóteses e tentam resolver os dilemas envolvidos em suas práticas de aula;

-                Estão alertas a respeito das questões e assumem os valores que levam/carregam para seu ensino;

-                Estão atentos para o contexto institucional e cultural no qual ensinam;

-                Tomam parte do desenvolvimento curricular e se envolvem efetivamente para a sua mudança;

-                Assumem a responsabilidade por seu desenvolvimento profissional;

-                Procuram trabalhar em grupo, pois é nesse espaço que vão se fortalecer para desenvolver seus trabalhos". (GERALDI, 1998, p. 252-3){C}[33]{C}

Em uma entrevista realizada pela Escola Estilo de Aprender, em nosso anexo 01 Os desafios na formação de professores; Entrevista[34], podemos observar algumas coisas realmente interessantes como segue:

"No caso específico de tecnologia educacional, como os professores vêem o assunto? Há uma boa receptividade ao uso da tecnologia na educação? Você acha que os professores estão preparados para isso?Os professores ainda encontram muita resistência para se relacionarem com o computador, por exemplo. Na Estilo de Aprender, o uso de e-mails é o meio que encontramos para nos comunicarmos sobre questões organizacionais, bem como textos, escritas sobre a rotina e outros contatos. O uso em sala de aula é mais difícil ainda. Não podemos negar a força da net para questões referentes à pesquisa. Procuro orientar os professores para que façam um bom uso desse meio de informação, diferenciando a coleta de informações da pesquisa propriamente dita. Sinto que, aos poucos, professores e escolas acabarão se rendendo às maravilhas tecnológicas! O computador é a primeira delas". 

Após analisarmos todos os dados coletados e tabulados, foi possível constatar, através deste estudo, que a maioria dos professores utilizam o computador como ferramenta pedagógica, nos  seus  trabalhos acadêmicos; isto mostra que realmente os professores por nós entrevistados, estão procurando se enquadrarem nesta nova nomenclatura e aos novos paradigmas que se adaptam melhor na produção do conhecimento e formação de  cidadãos cônscios para assumirem seus  papeis em um mundo que não para de evoluir tecnologicamente.

Todavia entendemos que ainda existem alguns docentes que relutam em aceitarem essas mudanças que as  novas tecnologias tem  exigido; portanto, os resultados deste estudo evidenciam a necessidade de aprofundamento de estudos e reflexões sobre este tema, uma vez que o uso de computadores na escola é fato já consumado.

6. Resultados da Discussão

Em primeira instancia analisaremos os docentes e demais administradores num total de 21, aos quais entrevistamos e aplicamos um questionário com 30 questões referentes ao uso das  novas  tecnologias no processo da produção do conhecimento.

 

A tabela abaixo apresenta os dados de perfil dos respondentes.

Perfil dos Respondentes

Sexo

Nível

Escola

Masculino

Feminino

Fundamental

Médio

Ambos

Particular

Particular e

Pública

04

17

03

05

13

21

0

7. RESULTADOS

Dos professores que responderam ao questionário, 81% possuem computador. Os 19% que não possuem computador justificam sua situação por motivos financeiros, conforme  depoimentos transcritos a seguir:

 

“Já tive computador. Mas, no momento, não tenho condições para adquiri-lo. Utilizo de outras pessoas”.

 

“Não tive possibilidade de comprar”.

 Os gráficos a seguir apresentam os dados tabulados referentes às questões 8 a 10, sobre uso de computador e da internet.

8. Para que você utiliza o computador?

 

Dados do gráfico acima

1- 17%; 2- 11%; 3- 22%; 4- 6%; 5- 33%; 6- 11%.

9. Você possui internet?                                                          10. Você possui e-mail?

 

 

Não  10%                                                                                          Não  19%

01-Sim                                                                                                       01-Sim
02-Não                                                                                                       02-Não

Sim 90%                                                                                                    Sim 81%

 

Dos 21 entrevistados, 7 não justificaram porque não utilizam a sala de informática da escola. Os respondentes que responderam não utilizar as salas de informática das escolas apresentam, basicamente, duas justificativas:

1) Falta de acesso às salas

 

“Acesso é restrito.”

“O tempo de aula não nos propicia e a aula de informática é ministrada no laboratório que é reservado somente para esse fim.”

“Só se pode usar a sala de informática com o professor da área, como os horários são sempre incompatíveis, não é possível.”

“Impossibilidade de acesso.”

“A direção da escola não disponibiliza a mesma aos professores das outras disciplinas.”

2) Tempo insuficiente

 

“Falta de tempo, devido a conteúdos imensos.”

“Falta organização para levar os alunos para a sala de informática, além de não existirem muitos programas freeware em geografia.”

“Não há tempo hábil para o professor freqüentar a sala.”

A questão 18 solicitava aos respondentes que falassem sobre a importância da informática na educação. Algumas respostas obtidas estão transcritas a seguir:

 

“Complementa os conteúdos exigidos pela escola, ilustrando-os”.

“Auxilia nos trabalhos e pesquisas, além de estimular um contato maior com as outras culturas”.

“A informática na educação é necessária porque trabalha junto com as outras disciplinas, ajudando em pesquisas e informações”.

“É mais um recurso de ensino-aprendizagem”.

“Quando bem trabalhada para despertar a curiosidade e melhorar aspectos da inteligência, além é claro, de romper fronteiras impostas pelo livro didático.”

“A informática tornou-se o principal instrumento de absorção do conhecimento e acesso a informação”.

Dentre as respostas e comentários informais feitos pelos respondentes, pôde-se perceber que, tanto a metodologia adotada quanto os recursos utilizados no ambiente educacional refletem a ideologia e a postura pessoal do docente. Tal fato foi verificado,particularmente, em alguns comentários feitos por uma professora de História, que afirmava não utilizar computadores pelo fato de esses “não terem alma”, e afirmou , também, ter sido tranqüilizada ao saber que era essa a opinião do papa João Paulo. Além disso, a docente crê que o computador inibe a criatividade do homem, provoca obesidades, problemas de visão e estatura, além de limitar o homem.

Um ponto a ser destacado refere-se ao local de aplicação dos questionários, pois é possível que algumas respostas tenham sido influenciadas pelo ambiente escolar. Tal  possibilidade encontra respaldo no fenômeno conhecido como “efeito Hawthorne”, que causa distorção nas respostas pelo fato dos respondentes saberem que são observados.

A observação dos gráficos nos leva a perceber que existe uma relação direta entre o uso pessoal do computador e o incentivo a que os alunos utilizem o recurso: 19% não possuem computador; 10% não possuem acesso à internet; 19% não possuem conta de e-mail; 10% não incentivam os alunos a pesquisarem na internet. Resultado inversamente proporcional pode ser observado nas respostas à questão 16, sobre uso das salas de informática: somente 15% as utilizam.

Desta forma, os fatores que dificultam o uso de recursos computacionais em sala de aula pelos professores podem ser divididos em dois grupos: fatores organizacionais e fatores pessoais.

Como fatores organizacionais destaca-se a dificuldade de acesso às salas de informática, que são disponibilizadas somente para professores de informática e a falta de tempo para utilizar os recursos computacionais aliados ao conteúdo das disciplinas. Dentre os fatores pessoais, pode-se incluir as crenças e a falta de aprimoramento pessoal em recursos computacionais.

Acredita-se que o caminho para reverter tal situação passará inevitavelmente por uma conscientização do corpo docente sobre a necessidade de atualização pessoal. Além disso, a instituição oferecer recursos para a total integração entre professores de informática e das demais disciplinas, o que inclui capacitar o corpo docente para uso dos recursos computacionais.

Apesar de ser um estudo realizado com uma amostragem restrita, os resultados devem ser considerados importantes pelo fato de apontarem alguns fatores que inibem ou mesmo dificultam o uso efetivo de recursos computacionais nas escolas. Como desdobramentos futuros, este estudo deverá ser ampliado para atingir outros professores da rede e também de outras escolas. Também deverá ser melhor investigada a postura dos professores em incentivar os alunos no uso do computador e da internet para realizar tarefas escolares.

Ao longo deste trabalho observamos nas escolas pesquisa que há um trabalho coletivo e uma integração interna, onde gestores, coordenadores, professores trabalham unidos procurando cada vez mais aperfeiçoamento das novas tecnologias com a finalidade de alcançar melhores resultados no processo de produção do conhecimento, e  desta forma se vê que os alunos tem alcançados melhores resultados no seu crescimento intelectual.

 

Observamos que cada escola tem de uma forma ou outro procurado implantar um laboratório de informática, apesar de que a escola  A   tenha oito computadores, a escola B sete  e  a  escola C tenha apenas cinco;  perfazendo um total de vinte computadores, o que se viu nesta pesquisa é que há, em todas um laboratório de informática e que a  direção está procurando aperfeiçoar conforme as possibilidades de cada uma, e que a direção tem se mostrado realmente  preocupada em implantar as  melhorias nesta área.

De fato, o que se pode observar é que, os docentes das escolas pesquisadas tem  depositado, muitas expectativas e crenças em melhorias na qualidade do ensino e possibilidades de formação para os alunos.

Mas é preciso ter um olhar crítico sobre a questão e refletir sobre o uso de computadores no espaço escolar. O computador, sozinho, enquanto máquina, não traz muitas mudanças. A diferença está na prática cotidiana do professor ao utilizar o computador como ferramenta no processo de construção de conhecimento. No entanto, essa consciência está vinculada a uma questão muito discutida atualmente: a formação do professor e a necessidade constante de atualização de seus conhecimentos.

Nas  escolas pesquisadas o que vimos foi uma perspectiva renovadora de educação, na escola  A  observamos há uma salas  de aula onde há  um  computador para cada 3 alunos e  interligado em sistema de rede, onde o professor tem acesso a  cada tarefa que é desenvolvida pelos alunos; acreditamos que  esse  sistema é sem duvida ótimo para a produção do conhecimento.

Outro detalhe que se observou é que os alunos só têm acesso aos sites e programas que  são permitidos, com finalidades educativas. Conforme nos disseram os docentes este sistema tem se mostrado satisfatório.

Já  no laboratório os alunos tem um pouco mais de liberdade, alem de pesquisas eles podem, usar o sistema para outras atividades, mas  sempre vigiados de certa  forma.

Na escola B não vimos o uso de computadores em sala de aula, o uso desta tecnologia pelos alunos e professores está restrito apenas ao laboratório que como vimos tem um total sete computadores, interligados a um computador mestre ligado a internete, onde a comunidade educacional pode fazer suas pesquisas, e terem aulas de informática nos devidos horários pré-estabelecidos.

Já na escola C no laboratório está em fase de implantação, e possui cinco computadores que estão sendo preparados para uso da comunidade educacional; segundo o coordenador, este sistema estará em breve em funcionamento.

Bem nesta escola não há computadores instalados nas  salas de aulas, mas segundo a direção, assim que o laboratório estiver pronto, há um projeto para  a  instalação deste equipamento em sala de aula.

Em todas as escolas por nós pesquisadas pudemos observar que nos escritórios de administração há computadores e  ligados a  rede de internete.

Posto isso, podemos concluir que as escolas, pesquisadas tem  se sentindo “obrigadas” a receber as novas tecnologias da informação e comunicação,  e observamos  que as praticas  pedagógicas tem alcançados resultados satisfatórios, especialmente  a partir da implantação dos laboratórios  de informática.

Conforme nosso anexo numero 03 no ano de 2005 a empresa Mitsui dou a importância de 20 milhões de ienes para as escolas brasileiras instaladas no Japão, esse dinheiro foi utilizado no aperfeiçoamento tecnológico; contudo as  escolas que escolhemos para a nossa pesquisa não foram beneficiadas, pois foram escolhidas escolas que apresentaram um perfil diferenciado e que contavam com melhores condições para a  aplicação dos fundos que foram doados. Se observarmos neste referido anexo, podemos constatar que na realidade houve grandes transformações nas escolas que foram beneficiadas, conforme a reportagem e pelas fotos que aparecem no artigo.

Ainda conforme o anexo 02; no ano de 2001 foi fundada no Japão a Associação das Escolas Brasileiras, uma organização não governamental que tem como finalidades auxiliar essas escolas no território japonês, e conforme os professores entrevistados essa associação tem desempenhado um importante serviço a comunidade educacional instaladas no país.

Podemos concluir, ainda, que como ícone na sociedade atual, o computador se tornou objeto de desejo, fetiche sacralizado, sem garantia da compreensão de sua função e papel, especialmente no contexto educacional. Explorar as potencialidades e oportunidades trazidas com a inserção dos computadores na escola é tarefa que exige do professor, e da própria escola, uma postura diferente da até então assumida. E o que significa a educação na sociedade atual?

Pensar a escola e a educação, neste novo cenário de uma sociedade informática, exige a reflexão de novos paradigmas, que não se sujeitem às imposições do mercado, que a escola não se coloque mais como a detentora do saber, mas como mediadora no/do processo de construção do conhecimento, da cidadania, da autonomia e no/do desenvolvimento afetivo, cognitivo, ético e profissional do aluno.

 

Acreditamos que nas escolas pesquisada há uma visão critica das novas tecnologias da informação e comunicação e de sua incorporação no processo de ensino e aprendizagem. É fundamental ressaltarmos, contudo, que as dificuldades observadas não são exclusividade destas escolas, nem mesmo deste município, uma vez que podem ser constatadas em  diferentes realidades. Esse é um dos privilégios do investigador que opta pelo estudo de caso etnográfico: focalizar o fenômeno como um todo, permitindo ao leitor construir suas próprias interpretações a partir da possibilidade de generalizações e/ou analogias com a diversidade das experiências por ele vivenciadas.

Não podemos esperar que as novas tecnologias sejam a causa das mudanças na escola. Não podemos atribuir somente à tecnologia os avanços e transformações na/da educação. Elas são apenas recursos investidos de novos conhecimentos que podem ter um papel importante na escola e, além disso, precisam ser incorporadas por todos e conhecidas de todos. As novas tecnologias podem continuar demarcando as diferenças sócio-econômicas, em parte porque há um acesso limitado a estas tecnologias, já que são utilizadas para reproduzir o que era realizado anteriormente, e em parte porque o significado social de qualquer tecnologia não é definido pela tecnologia em si.

Convivendo com os sujeitos da comunidade escolar – alunos, pais, professores, funcionários – e a comunidade em geral, buscando conhecer sua cultura, em diferentes momentos de seu cotidiano, pudemos compreender as teias de significados que compõem o cenário da escola e da comunidade em que está inserida. Ao refletir sobre este cotidiano, procuramos ressignificar a prática pedagógica, para superar estudos que simplesmente “falam mal da escola”.

Este estudo representa, assim, um esforço de tentar mostrar a realidade além do óbvio.

 

Portanto, defendendo uma postura cooperativa, ao buscar compreender o processo de melhorias nos laboratórios de informática e salas de aulas das escolas pesquisadas no município de Saitama-kem,Japão;  Além disso, as implicações pedagógicas contidas nas análises aqui apresentadas visam contribuir para uma política de educação que considere o computador como uma ferramenta educacional, como uma oportunidade de mudanças na qualidade de ensino – vinculadas a uma utilização adequada das novas tecnologias da informação e comunicação.

Vivendo numa sociedade marcada pela velocidade e pela informação, é preciso estar atento para que a educação não se torne obsoleta e defasada em relação à realidade do aluno e da sociedade onde ele está inserido.

Qual a importância das histórias aqui relatadas? Estas são escolas entre milhares de escolas, mas contando as histórias dessas escolas em particular contamos parte da história da humanidade, da sociedade contemporânea, e conhecemos alguns de seus conflitos.

8. Considerações Finais

Pensar a escola e a educação, neste novo cenário de uma sociedade informática, exige a reflexão de novos paradigmas, que não se sujeitem às imposições do mercado, que  a  escola não se coloque mais como a detentora do saber, mas como mediadora no/do processo  de construção do   conhecimento, da cidadania, da  autonomia e no/do   desenvolvimento  afetivo, cognitivo, ético e profissional do aluno.

Acreditamos que, na escola pesquisada, ainda está por vir uma visão crítica  das  novas tecnologias da informação e comunicação  e  de   sua  incorporação  no  processo  de ensino  e aprendizagem. 

É fundamental ressaltarmos, contudo, que as dificuldades observadas  não  são exclusividade desta escola, nem mesmo deste município, uma vez que podem ser constatadas em diferentes realidades. Esse é um dos privilégios do investigador que opta pelo estudo de caso etnográfico: focalizar o fenômeno como um todo, permitindo ao leitor construir suas  próprias interpretações a partir da possibilidade de generalizações e/ou analogias com a diversidade das experiências por ele vivenciadas.

Não podemos esperar que as novas tecnologias sejam a causa das mudanças na escola.

 

Não podemos atribuir somente à tecnologia os avanços e transformações na/da  educação. elas são apenas recursos investidos de novos conhecimentos que podem ter  um  papel  importante  na escola  e,  além disso, precisam ser incorporadas por todos e conhecidas de todos. As novas tecnologias podem continuar demarcando as diferenças sócio-econômicas, em parte porque há um acesso limitado a estas   tecnologias,  já  que são utilizadas para reproduzir o que era   realizado anteriormente, e em parte porque o significado social de qualquer tecnologia não  é definido pela tecnologia em si.

Convivendo com os sujeitos da comunidade escolar – alunos, pais, professores, funcionários – e a comunidade em geral, buscando conhecer sua cultura, em diferentes momentos de seu cotidiano, pudemos compreender as teias de significados que compõem o cenário da escola e da comunidade em que está inserida. Ao refletir sobre este cotidiano, procuramos ressignificar a prática pedagógica, para superar estudos que simplesmente “falam mal da escola”.

9. Conclusão/reflexão pessoal

O presente trabalho coloca-se simultaneamente numa perspectiva crítica e otimista. Crítica em relação à escola atual, que manifestamente não satisfaz as necessidades nem dos alunos nem da sociedade. Crítica em relação ao imobilismo que continua em muitos casos a ser a força dominante procurando desculpar e justificar o que é inaceitável e não tem muitas vezes razão de subsistir. Crítica, ainda, em relação a diversas perspectivas de utilização dos computadores que estão longe de conter o poder inovador que muitas vezes se lhe atribuem. Otimista porque na sociedade é cada vez mais aceite que a escola tem de evoluir de forma a passar a ser, ela própria, um fator de progresso e inovação social e se multiplicarem os projetos e as atividades que apontam nesse sentido.

Otimista porque a minha experiência vivida mostra a evidência que é realmente possível que o computador pode ser um valioso instrumento auxiliar no processo ensino/aprendizagem.

A sociedade atual sofre mudanças profundas que chocam com os nossos hábitos e concepções bem estabelecidas, pondo em causa os nossos sistemas de valores. Pergunta-se; estaremos capazes de nos adaptar a viver numa sociedade em permanente transformação? Ou se perderemos a nossa identidade deixando-a alienar-se; que contrição o pode o computador dar para a modificação das práticas pedagógicas?

É constantemente feito um forte apelo aos professores para utilização dos computadores na sua prática pedagógica.

Coburn e outros afirmam que "tentando explorar ao máximo a capacidade interativa dos computadores nas escolas, entre outros problemas, os educadores enfrentam o desafio de saber como usá-los".

O meu trabalho consta duma reflexão sobre a necessidade do computador na prática pedagógica, em geral, e em particular no Ensino Especial.

Embora a literatura especializada seja bastante produtiva em relação ao tema em estudo, o meu objetivo implica que a dissertação inclua, para além da reflexão teórica, uma vertente empírica, onde pretendo verificar até que ponto os computadores são realmente utilizados pelos professor de Educação Especial, com todas as suas potencialidades, como teoricamente é proposto, e quais os fatores que, na sua perspectiva interferem na sua utilização.

Ao terminar gostaria de reforçar uma idéia que foi deixada já ao longo de todo este trabalho, é importante que se produzam e divulguem programas informáticos educativos ajustados às necessidades dos currículos, é importante que esses programas sejam interativos e que promovam uma aprendizagem cognitiva, mas sem os restantes elementos que constituem o círculo escolar - professores, equipamentos, novas atitudes de ensino - não valerão de nada esses programas. Por isso é necessário que nos cursos de especialização em Educação Especial seja dada formação tão exaustiva, tanto quanto possível na área das TIC porque necessita ser estruturada como um todo e não individualmente, equipando escolas, atualizando os planos curriculares, permitindo aos professores uma permanente atualização profissional (formação contínua) de forma a proporcionar a existência de um espaço/escola em que se possa desenvolver um ensino ativo. O Saber deve ser, sempre que possível, complementado pelo Saber Fazer!

10. Referências bibliográficas

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[1] GRINSPUN, Mírian P.S. Zippin. Educação Tecnológica. In : Educação Tecnológica desafios e perspectivas. Mírian P.S. Zippin Grinspun (org). São Paulo: Cortez, 1999.

 

[2] NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro.Pedagogia dos Projetos: uma jornada  interdisciplinar rumo ao desenvolvimento das múltiplas inteligências. 3 ed. São Paulo:2002.

[3]VALENTE, José Armando. Organizador: Computadores e Conhecimento –Repensando a Educação 2ª ed. São Paulo. UNICAMP/NIED. 1998.

[4] VALENTE, J.A. (org.). O Professor no Ambiente Logo: Formação e Atuação. São Paulo: Unicamp/Nied , 1996.

[5] Idem.

 

[6] D´AMBROSIO, Ubiratan. Da realidade à ação: reflexão sobre educação e matemática. 4 ed. São Paulo: Summus, 1986.

[7] SENA, Rebeca Moreira. Evolução das concepções de professores de matemática sobre informática educativa, a partir de um curso de capacitação. Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Educação, 2005.

[8] Freitas, J. C. (1992a). As NTIC na Educação: Esboço para um Quadro Global; in J. Correia de Freitas e V. Duarte Teodoro (eds), Educação e Computadores, Lisboa: Ministério da Educação, Gabinete de Estudos e Planeamento, série: Desenvolvimento dos sistemas Educativos.

[9] Freitas, J. C. (1992a). As NTIC na Educação: Esboço para um Quadro Global; in J. Correia de Freitas e V. Duarte Teodoro (eds), Educação e Computadores, Lisboa: Ministério da Educação, Gabinete de Estudos e Planeamento, série: Desenvolvimento dos sistemas Educativos.

[10]FREIRE, 2001a. Extensão ou Comunicação? 11ª ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra.

 

[11] FRERE, 2001b. Pedagogia da Esperança. 8ª ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra.

[12] idem.

[13] Blanco, E, Dias, P; Silva, B; (1989). Tecnologia Educativa - Bases Teóricas. Braga: Universidade do Minho.

[14] VALENTE, José Armando. Organizador: Computadores e Conhecimento – Repensando a Educação 2ª ed. São Paulo. UNICAMP/NIED. 1998.

[15] Lutterodt, Sarah e Austin Gilbert (1982). O Computador na Escola. Perspectivas, 12,4,434-456.

[16] VALENTE, J. A. Computadores e conhecimento: repensando a educação. Campinas: UNICAMP. 1993.

[17] Denis Alcides Rezende é tecnólogo em Processamento de Dados, administrador, mestre em Informática pela UFPR, doutor em Gestão da Tecnologia de Informação pela UFSC e professor da FAE Business School. E-mail: drezende@netpar.com.br

[18] Chaves, Eduardo O. C., “O Computador na Educação”, acessado por meio de http://scholar.google.com, palavras-chaves: “computador e a educação”

[19]  Paulo Sérgio Garcia. A Internet como nova mídia na educação Rede.disponivel em:  http://www7.rio.rj.gov.br/iplanrio/sala/textos/03.pdf . Acessado em: 22.04.2009.

[20] NOVOA, A. (Org.). Profissão professor. Porto Codex/Portugal: Porto Editora, 1995.

[21] LIMA, Adriana dos Santos Marmori. Software na escola: Possibilidade de melhorias da educação ou alienação  Modenizada? Disponível em: http://www.geocities.com/Athens/Crete/3359/softwareAdriana.htm. Acessado em 20.04.2009.

 

[22] LIMA, Adriana dos Santos Marmori. Software na escola: Possibilidade de melhorias da educação ou alienação  Modenizada? Disponível em: http://www.geocities.com/Athens/Crete/3359/softwareAdriana.htm. Acessado em 20.04.2009.

[23] LIMA, Adriana dos Santos Marmori. Software na escola: Possibilidade de melhorias da educação ou alienação  Modenizada? Disponível em: http://www.geocities.com/Athens/Crete/3359/softwareAdriana.htm. Acessado em 20.04.2009.

 

[24] HARASIM, L. (1989). On-line Education: A New Domain; in R. Mason & A. Kaye. Eds Mindweave; Comunication, Computers and Distance Education. New York Pergamon Press.

[25]  Feldmann Graziela Maria   ( Diretora da Faculdade de Educação  Professora do Programa de Pós-raduação em Educação: Currículo da PUCSP)feldmnn@uol.com.br

[26] SIMIÃO, L. F. e REALI, A . M. M. R. O uso do computador, conhecimento para o ensino e a aprendizagem profissional da docência. In: MIZUKAMI, M. G. N. e REALI, A. M. M. R. (org.) Formação de professores, práticas pedagógicas e escola. São Carlos: Edufscar/Inep, 2002.   

 

[27] Valente & ALMEIDA, F. J. Visão analítica da Informática na educação no Brasil: a questão da formação do professor. Revista Brasileira de Informática na Educação. RS: Sociedade Brasileira de Computação, nº 1, set. 1997.

[28] VALENTE. formação de professores para o uso da informática na Escola. Campinas - SP: UNICAMP/NIED, 2003.

 

[29] ROSALEN, Marilena S. Educação Infantil e Informática. Piracicaba, SP: [Tese (doutorado) – UNIMEP], 2001.

[30] ZEICHNER, K.M. A Formação Reflexiva dos Professores: idéias e práticas. Lisboa: Educa, 1993.

[31] ELIAS, M. D. C. A formação do educador e os princípios apontados pela Pedagogia Freinet. ELIAS, Marisa Del Cioppo (org.). Pedagogia Freinet: teoria e prática. Campinas, SP: Papirus, 1996.

 

[32] RIPPER, A. V. O computador chega à escola. Para que?, Revista Tecnologia Educacional, 1985.

[33] GERALDI, Corinta M. G. (org.). Refletindo com Zeichner: um encontro orientado por preocupações políticas, teóricas e epistemológicas. In: GERALDI, Corinta (org.). Cartografias do trabalho docente: professor(a)-pesquisador(a). Campinas-SP: Mercado de Letras, 1998.

[34] Escola Estilo de Aprender. Fonte. Disponível em: http://www.klickeducacao.com.br/2006/conteudo/pagina/0,6313,POR-578-,00.html

  


Publicado por: Ramioro Thamay Yamane

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